À pala da reunião de Copenhague, que é suposta estabelecer uma política a propósito das mudanças climáticas, há umas certas pessoas que tiraram do baú das velharias esse tique malthusiano de considerar que a origem dos nossos problemas assenta no facto de fazermos muitos filhos, de haver gente demais, ou seja, de a população mundial estar a crescer muito depressa.
Este relatório da ONU (Fundo das Nações Unidas para a População) revela, a meu ver, um ponto de vista completamente ultrapassado e reaccionário segundo o qual se deveria a todo o custo diminuir a natalidade para se assegurar a diminuição das emissões de CO2.
Ora, a história já deu exemplos suficientes (basta lembrar a esterilização forçada na Índia nos anos 70 e a política do filho único na China) de resultados desastrosos e injustos sempre que se pretende culpabilizar a maternidade como a fautora dos desequilíbrios económicos e sociais. Agora vêm estes maduros acenar também com os problemas ambientais e ecológicos.
É de bradar aos céus.
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