quinta-feira, junho 11, 2009

A Pandemia

A 10 de Junho, a Organização Mundial da Saúde (ver aqui) contava 27 737 casos da gripe A(H1N1) em 74 países, dos quais 141 tinham provocado a morte do doente.
À hora a que escrevo estas linhas ainda não sei se a OMS já declarou ou não formalmente a situação de pandemia, mas é óbvio que se trata de uma pandemia, ou seja, uma epidemia ao nível mundial.
Tudo indica que lá para Outubro ou Novembro esta doença regresse em força ao hemisfério norte, transformando o nosso próximo Inverno num período muito complicado.

Portugal tem sido até agora relativamente poupado por este vírus. Meia dúzia de casos suspeitos, com apenas 2 confirmados, não chega para testar a preparação das nossas estruturas de saúde. Ainda não percebi qual é o plano concreto que as autoridades terão em mente para o caso de virmos a estar confrontados com milhares de doentes e receio que as doces palavras da actual ministra da Saúde sejam um curto conforto para um cenário mais pessimista.

Quantas doses de antivirais do tipo Tamiflu existem em stock em Portugal?
Quantas doses estão encomendadas para entrega em finais de Setembro?
Quantas máscaras estarão disponíveis para distribuição pelos cidadãos?
Que planos de contingência existem nos serviços do Estado, nas empresas de fornecimento de bens ou serviços essenciais, públicas ou privadas?
Que edifícios serão requisicionados para transformação em grandes enfermarias?
Etc., etc.

Não percebo o que se passa relativamente à encomenda ou não da vacina. Quais são as dúvidas? Razões técnicas? Económicas? Clínicas?

Concordo que é de evitar falsos alarmismos e que seria desastroso se somássemos à desgraça um pânico trapalhão. Mas o cidadão português tem o direito de fazer perguntas. E não nos esqueçamos de que nada garante que o 'regresso' do vírus não nos traga uma estirpe muito mais maligna do que a actual.

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