Terminou na Sexta, em Bruxelas, o Conselho da Primavera, reunião magna da União Europeia. À hora a que escrevo, e já são decorridas mais de 30h sobre o fim dos trabalhos, ainda não está disponível no site da União o documento oficial das suas conclusões. Isto é muito bom sinal, pois, se foram todos para fim-de-semana às 13h de Sexta, incluindo os funcionários que era suposto publicarem o documento, quer dizer que a situação não é grave e, portanto, não há pressas.
Entretanto, leio na imprensa portuguesa que o Sócrates ficou satisfeito, pois traz a promessa de uns exorbitantes 102 milhões (2%), que foi o que nos coube de um “impressionante” envelope de 5 mil milhões encontrados em fundos de caixa (isto dos orçamentos da União é como nas bodas de Caná: há sempre vinho).
Diz o Sr. Eng.° que com estes 102 milhões vai impulsionar a ligação da rede eléctrica com Espanha, ampliar a banda larga e desenvolver o meio rural. O Amado, que estava ao lado dele na conferência de imprensa, não se riu nem mugiu, pois sabe que o nosso Primeiro conhece o truque dos pães e dos peixes e por isso estamos safos.
Ora, tirados aqueles 102 para nós, o remanescente diz que é para capturar o dióxido de carbono e para trazer gás do mar Cáspio. Parece que há imenso carbono a capturar, visto que li na imprensa inglesa que esta coisa do Cáspio (o pipeline Nabuco) apenas beneficiará de 200 milhões, o que com sorte, e desde que se conheça o caminho das pedras, talvez dê para mais uns estudos de viabilidade e de consultadoria.
Sempre fui fraco em contas, que o diga a D. Maria da Graça que na primária me moía as orelhas por causas de uns tanques que tinham umas torneiras a jorrar e ao mesmo tempo a água a fugir por uns ralos, enfim, aquilo dava-me umas vertigens e eu bloqueava.
Mas tudo somado, diria eu, a medo, que o que sobra daquele pacote dos 5 mil não é despiciendo e ainda vai acabar nos pipelines concorrentes, o south-stream e o north-stream, ou seja, uns projectos imaginados pelo Putin, Schroeder e Berlusconi, e que hão-de ser a nossa felicidade energética, nossa deles.
Ah, já me esquecia: decidiram cancelar a reunião sobre o desemprego (parece que os 9% nem é tão mau como isso) e devem ter enterrado definitivamente a chamada “Agenda de Lisboa”. Lembram-se? Não faz mal.
Entretanto, leio na imprensa portuguesa que o Sócrates ficou satisfeito, pois traz a promessa de uns exorbitantes 102 milhões (2%), que foi o que nos coube de um “impressionante” envelope de 5 mil milhões encontrados em fundos de caixa (isto dos orçamentos da União é como nas bodas de Caná: há sempre vinho).
Diz o Sr. Eng.° que com estes 102 milhões vai impulsionar a ligação da rede eléctrica com Espanha, ampliar a banda larga e desenvolver o meio rural. O Amado, que estava ao lado dele na conferência de imprensa, não se riu nem mugiu, pois sabe que o nosso Primeiro conhece o truque dos pães e dos peixes e por isso estamos safos.
Ora, tirados aqueles 102 para nós, o remanescente diz que é para capturar o dióxido de carbono e para trazer gás do mar Cáspio. Parece que há imenso carbono a capturar, visto que li na imprensa inglesa que esta coisa do Cáspio (o pipeline Nabuco) apenas beneficiará de 200 milhões, o que com sorte, e desde que se conheça o caminho das pedras, talvez dê para mais uns estudos de viabilidade e de consultadoria.
Sempre fui fraco em contas, que o diga a D. Maria da Graça que na primária me moía as orelhas por causas de uns tanques que tinham umas torneiras a jorrar e ao mesmo tempo a água a fugir por uns ralos, enfim, aquilo dava-me umas vertigens e eu bloqueava.
Mas tudo somado, diria eu, a medo, que o que sobra daquele pacote dos 5 mil não é despiciendo e ainda vai acabar nos pipelines concorrentes, o south-stream e o north-stream, ou seja, uns projectos imaginados pelo Putin, Schroeder e Berlusconi, e que hão-de ser a nossa felicidade energética, nossa deles.
Ah, já me esquecia: decidiram cancelar a reunião sobre o desemprego (parece que os 9% nem é tão mau como isso) e devem ter enterrado definitivamente a chamada “Agenda de Lisboa”. Lembram-se? Não faz mal.
Esta foto de família está tão bem feita que até arrepia! Tudo no seu sítiozinho certo! Linda, linda! Não sei quem fez este standing mas merecia no mínimo umas 4 condecorações ;)
ResponderEliminarPor acaso até acho que não é a que penso. Mas há uma bem parecida que é do best!
ResponderEliminarNós e as contas, caro Douro!
ResponderEliminarPoderia ter colocado ênfase no facto de Portugal nem se ter saído muito mal nesta história!
Acontece que os 5.000 milhões constituem a margem disponível do orçamento comunitário (diferença entre o montante previsto no quadro financeiro e as necessidades efectivas); daí que, a não ser gasto, reverteria para os orçamentos nacionais. Pelos meus cálculos, se tivesse sido essa a opção escolhida, caberia ao nosso tesouro uma verba à volta dos 60 milhões de euros. Se o plano prevê que Portugal possa dispor de 102 milhões podería ter concluido que até não foi um mau negócio...
Caro Pirolas, você é muito atento, o que lhe agradeço enormemente. Mas já agora diga-me uma coisa: estes 5 mil milhões ainda são os mesmos de que falavam em Novembro e depois voltaram a servir no Conselho Europeu de Dezembro, para agora nos virem refalar no Conselho da Primavera?
ResponderEliminarE concorda comigo que a verba não é extensível para aquelas aplicações todas? Que se o governo tivesse trabalhado melhor no sector da agricultura, teriamos recebido mais?
Desculpe a maçada e um grande abraço
Cara Joana
ResponderEliminarEsta foto é antiga e se nao me engano pertence ao período da presidência portuguesa e vejo nela um irlandês que já se demitiu. vai-se a ver e até foi tirada em Lisboa. Sera?
Caro Douro. São efectivamente os mesmos 5.000 milhões! É o que há disponível para o Zé das Fritas contribuir para o plano de retoma.
ResponderEliminarNão, não é verdade que pudessemos ter ganho mais no sector da agricultura! pela simples razão que não tínhamos mais projectos! e, como sabe, o governo não pode apresentar projectos, têm de ser os privados! parece que os agricultores, lavradores e outros "ores" não têm capacidade financeira (falta de linhas de crédito) para colmatar os 10% restantes...
O meu modesto e atrasado contibuto: a foto foi de facto tirada no CE de Outubro de 2007, em Lisboa. Poucas horas depois desta foto ter sido tirada, chegar-se-ia a acordo sobre o Tratado de Lisboa, com o valioso contributo, como se sabe, do Presidente da Comissão Europeia...
ResponderEliminar