quarta-feira, março 18, 2009

Perdoai-lhe, Senhor

O Papa voltou a dizer - desta vez em África, um local 'oportuno' digamos assim - que a sida não se combate com o preservativo. Começa a ser hora de alguém explicar ao senhor que a ideia não é tomá-lo com um copo de água, mas enfiá-lo no pénis - talvez seja por aí que se explique o disparate.

25 comentários:

  1. em primeiro lugar será importante informar o senhor que o dito membro não serve apenas para "fazer xixi"... depois lá poderemos lançar-nos em explicações mais sofisticadas!!!
    Perdõe-lhes Senhor que não sabem o que dizem!

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  2. O Serna anda a dormir. Alguém lhe explique o que é a fidelidade conjugal!

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  3. Se calhar devem saber que os principais transmissores do virus HIV, em África, são os professores, os enfermeiros (porque médicos são raros) e polícias, ou seja todos s que têm algum poder sobre as mulheres. De facto, numa situação destas é ingénuo pensar que se resolve o problema distribuindo preservativos. É urgente a educação, porque a causa da propagação da Sida é o abuso sexual, o entender a mulher como objecto de auto-satisfação.
    Por isto ser verdade, entende-se melhor o papa.

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  4. Ernesto:

    Em primeiro lugar deixe-me que lhe diga que a forma como fala de Sua Santidade é, no mínimo, pouco educada.

    Está a falar sobre alguém que é reconhecidamente inteligente, conhecedor e honesto, e que não fala sem pensar.

    As palavras de Sua Santidade foram aproveitadas para mais uma das habituais campanhas contra a Igreja Católica.

    Na verdade, o comentário de Sua Santidade foi a constatação de uma realidade: campanhas baseadas exclusivamente no preservativo, esquecendo a mudança de atitudes quanto à moral sexual, são campanhas votadas ao fracasso como, de resto, os números demonstram. Até hoje existiram estas campanhas, e como se vê, os resultados são péssimos, são um fracasso!

    Por outro lado, queria chamar a atenção para um facto: a Igreja Católica é a instituição que mais ajuda as pessoas vítimas da sida em África. Há milhares de médicos, missionários, etc…, todos ligados à Igreja. O trabalho da Igreja neste capítulo da ajuda é muito maior do que o de qualquer outra instituição. A Igreja, ao contrário do que se sugere, sabe do que fala.

    Acresce que me faz alguma confusão, e parece-me incoerente, dizer-se que, por um lado, já ninguém liga ao que Sua Santidade diz e, por outro lado, dizer-se que as palavras de Sua Santidade sobre esta matéria são seguidas por todos os africanos, inclusive os não crentes (que são a larga maioria).


    Em terceiro lugar, também me custa que, num mundo cada vez mais aberto e democrático, toda a gente tenha liberdade de expressão, menos a Igreja. Ou seja, por que razão não pode Sua Santidade afirmar, com liberdade, os caminhos que sugere para os seus crentes?

    Então a liberdade não é para todos?

    E as pessoas seguem as palavras de Sua Santidade não usando o preservativo, mas já não seguem quanto à totalidade da sua vida sexual?!?!

    Isto é totalmente incoerente!


    Quanto á questão do preservativo como um mal menor, isso, segundo é dito, poderá acontecer, e até alguns elementos da Igreja o afirmaram. Agora, fazer com que algo que é considerado um mal menor se transforme no centro (e, ainda para mais, sem sucesso) das campanhas, também me parece um erro.

    Cumprimentos

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  5. Devo dizer, em primeiro lugar, que não concordo com a posição da Igreja Católica nesta matéria. Admito que se trate de uma questão de doutrina dos católicos, mas penso que a Igreja Católica tem o direito de exprimir a sua posição, por muito errada que muitos de nós a considerem.

    De qualquer forma, o que o Papa disse sobre o uso dos preservativos não é novidade nenhuma relativamente à posição do Vaticano.

    Aguardo as declarações de Bento XVI em Luanda pois espero que faça afirmações claras e firmes contra a corrupção e pela democracia. Do meu ponto de vista, essa tomada de posição contra a corrupção e pelos direitos do homem, feita publicamente em Angola, terá um significado político muito mais importante que a repetição de uma afirmação doutrinal já conhecida.

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  6. LGG disse: "Em primeiro lugar deixe-me que lhe diga que a forma como fala de Sua Santidade é, no mínimo, pouco educada."

    Pois, merece o tratamento de Chefe de Estado! Porque é chefe do Estado do Vaticano, resquício último da sobreposição entre poder do estado e da igreja.
    Agora que seja indelicado chamar Papa a "Sua Santidade" como pretende ser o nome educado que quer que todos utilizem, parece-me exagero... a menos que estivesse a brincar com o "postador".

    Postador esse que também o chamou de "senhor". Pois bem, também me parece que o tratamento não seja deselegante tratando-se, apesar da indumentária, de um homem. Aliás, seria difícil apelidá-lo de "senhora" pois tão altos desígnios estão fora do alcance das mulheres.

    Diz tbém LGG que se está a falar de alguém que é reconhecidamente inteligente, conhecedor e honesto, e que não fala sem pensar. Credo! Não o conheço pessoalmente mas não me passaria pela cabeça duvidar de tão elevado nível. Terá, todavia que convir que quando fala exprime uma posição respeitadora de um conjunto de dogmas.

    Em terceiro lugar o Papa, Sua Santidade, o Santo Papa, ou o senhor (com minúscula, deve saber porquê), como lhe queiram com todo o respeito chamar, não se referiu a campanhas exclusivamente baseadas no uso do preservativo. Referiu-se liminarmente ao uso do mesmo e nada mais fez que repetir a posição do seu Estado/Igreja sobre o assunto.

    Em quarto lugar está absolutamente errado quando diz que é a Igreja Católica quem mais ajuda as vítimas da sida em África. Se disser que são os católicos que o fazem eu já posso acreditar. E não me diga que é a mesma coisa!

    Perfeitamente de acordo consigo quanto à liberdade de expressão. Todavia, altos dignatários de tão importante Instituição, cuja voz chega, seja pela via dos fiéis seja pela dos "media" a todos os cantos do mundo, deveriam contextualizar as afirmações que proferem.

    Cumprimentos

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  7. Caro Luís:
    tal como aqui em cima diz o Pirolas, não me parece que chamar senhor a um senhor (mesmo que seja, vamos dizer assim, não-praticante em algumas das suas dimensões) seja propriamente de muito má educação. Quando muito é deselegante - o que, aliás, era pretendido. Quanto à inteligência, conhecimento e honestidade do senhor, não me vou alongar, mas terei todo o gosto de discutir o tema consigo da próxima vez que jantarmos juntos. Como deverá imaginar, sou absoluta e rigorosamente agnóstico, mas tenho as maiores dúvidas que os católicos apostólicos romanos - felizmente os outros estão a salvo disto - cumpram os preceitos da Igreja no quadro da sua sexualidade. E não é apenas a questão do preservativo, é principalmente a abstinência, imposta quando em vista não está a geração de uma vida! Parece-me - e quero acreditar, a bem dos católicos de Roma - que uns 99,9% estão a borrifar-se completamente neste 'conselho'. Espero que esteja englobado nesta maioria.

    Caro Douro:
    as coisas valem o que valem. Aparentemente, o Papa é um homem inteligente e sabe que, quando diz o que diz, não é inocente. Não será por acaso que a repetição (tem razão, não passa de uma repetição) desta vez em África, juntou um coro de protestos gigante.

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  8. Pirolas:

    Ora vamos lá aprender qualquer coisa: é um erro histórico dizer que o Estado do Vaticano é o "resquício último da sobreposição entre poder do estado e da igreja". Precisamente a existência do Estado do Vaticano isola a Igreja dos demais Estados, dando aos Estados e à Igreja uma separação que entendo benéfica. O Estado do Vaticano representa, precisamente, a separação da Igreja dos Estados, garantindo uma separação entre Estado e Igreja.

    O que considerei pouco educado no post não foi, como devia ter percebido, chamar Papa a "Sua Santidade". o que considerei pouco educado foi esta parte: "Começa a ser hora de alguém explicar ao senhor que a ideia não é tomá-lo com um copo de água, mas enfiá-lo no pénis - talvez seja por aí que se explique o disparate". Mas, obviamente, cada qual tem o grau de educação que tem, e a liberdade de expressão é um valor que eu - ao contrário de outros - prezo muito.

    Quanto à parte em que o Pirolas relaciona a indumentária de Sua Santidade com a questão do seu género, é mais uma visão paroquial. De facto, se conhecesse o mundo, saberia que existem milhões de homens que usam habitualmente indumentárias semelhantes, designadamente no médio oriente. Acho até um pouco conservadora a discussão sobre as indumentárias das pessoas e a sua preconceituosa qualificação com base nelas.

    Outor dado que o vai surpreender: a posição da igreja sobre o preservativo não é nehum dogma!!1 Já viu, tantas surpresas num dia só!?!?

    Em terceiro lugar Sua Santidade, ao contrário do que o Pírolas diz, referiu-se expressamente a campanhas exclusivamente baseadas no uso do preservativo. É falso, portanto, que se tenha referido liminarmente ao uso do mesmo. Como não deve ter lido as declarações, se quiser, consulte o site www.zenit.org.

    Acho honesto que reconheça que são os católicos em áfrica quem mais ajuda as vítimas da sida. são padres, freiras, missionários e voluntários. Todos! fica-lhe bem reconhecer

    Ainda bem que concorda comigo quanto à crítica que faço no sentido de que a liberdade de expressão não é reconhecida a sua Santida e à Igreja nos mesmos termos em que é geralmente aceite para a sociedade.

    Cumprimentos

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  9. Já agora, para quem queira estar informado sobre o que faz a Igreja para combater a sida, e queira ter uma visão honesta e informada, aconselho, via o "cachimbo de magritte", o seguinte site: http://www.aceprensa.com/articulos/2000/may/03/qu-hace-la-iglesia-para-combatir-el-sida/

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  10. Caro Luís:
    essa história do Vaticano está mal contada. O Estado do Vaticano tal como hoje o conhecemos existe desde 1870, sensivelmente, e representa a redução dos antigos e enormes estados pintifícios àquela sua expressão mínima. Redução, aliás, que o próprio Vaticano não queria, como é fácil de compreender, mas não resistiu às tentações hegemónicas contemporâneas, quer da Itália quer da Alemanha. Em termos territoriais, as coisas começaram a correr mal para o Vaticano a partir de 1789 e a existência de um Estado na cidade é, digamos assim, um 'presente' do novíssimo Estado italiano, que considerou a sua eventual absorção um risco inútil. O Vaticano não é uma opção de separação, mas antes o que lhe restou após sucessivas perdas. Ernesto Serna.

    PS: o 'post' 8 foi escrito por mim, mas esqueci-me de o assinar.

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  11. Caro Ernesto:
    Agora que "assinou" o post 8, vou comentá-lo (semm ironia, não o comentei pq não percebi de quem era e, embora me parecesse, não tinha a certeza que era seu):

    Como disse ao Pirolas, o que considerei pouco educado no post não foi, como deve ter percebido, chamar a "Sua Santidade" senhor. o que considerei pouco educado foi esta parte: "Começa a ser hora de alguém explicar ao senhor que a ideia não é tomá-lo com um copo de água, mas enfiá-lo no pénis - talvez seja por aí que se explique o disparate".
    Penso que percebeu e no comentário 8 esta parte parece-me, sinceramente, desconversar.
    Achei pouco educado, mas reconheço-lhe a liberdade de o fazer (e, mesmo que não reconhecesse, não tinha outro remédio...)

    Quanto à parte em que se afirma como absoluta e rigorosamente agnóstico, tenho pena, rezarei por si (sem ironia), mas cada qual tem o direito a ser como entende.

    Quanto à parte em que diz que "felizmente os outros estão a salvo disto", é contraditória com a afirmação que faz de que 99% dos católicos não seguem esta orientação de Sua Santidade. Por esta sua afirmação se deduz, nas suas palavras, que até os católicos que o entendem "estão a salvo disto". Ou seja, só segue essa orientação quem quer. quem não quer, não segue.

    Quanto à parte em que diz que "a abstinência, imposta quando em vista não está a geração de uma vida", trata-se de um clamoroso erro doutrinário. o que até é natural, dado afirmar-se agnóstico. É uma afirmação livre, mas completamente errada do ponto de vista doutrinal. Mas é como as habituais afirmações na comunicação social...muito politicamente correctas, mas substancialmente erradas.

    Cumprimentos

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  12. Caro Luís:
    Não há contradição nenhuma. Os católicos apostólicos romanos não estão a salvo do pecado - por muito que não cumpram aquilo que diz o Vaticano. Quando ao erro doutrinário não estou a ver onde o encontra. E não se defenda com essa sobranceria da naturalidade por eu me afirmar agnóstico. Se há coisa sobre a qual sei é sobre religiões - não só porque sou licenciado em história, mas também porque o tema me interessa profundamente e continuei a estudá-lo pela vida fora. Fico à espera que me diga onde está o erro doutrinário

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  13. O erro doutrinário existe e é muito claro: a doutrina da Igreja catolica não impõe, ao contrário do que diz, a abstinência quando em vista não está a geração de uma vida!
    Não é verdade.
    A Igreja permite e estimula o planeamento familiar, sendo apenas contra a utilização dos métodos que considera não naturais.
    Portanto, pode discordar-se ou concordar-se, mas é assim. A sua afirmação é, portanto, errada - se quiser, historicamente errada - e seguramente doutrinalmente errada.

    Quanto à afirmação que faz de que os católicos não estão "a salvo", porque não estão a salvo do pecado, é uma afirmação curiosa para um agnóstico. Diga-me lá: é agnóstico, mas acredita que há pecado?
    É que, quanto aos católicos, sabem bem viver com os seus pecados...não fazem, aliás, outra coisa...ou pensa que há muitos católicos a dizer e a pensar que não pecam?
    Cumprimentos

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  14. Luís:
    impõe sim senhor. E de tal forma impõe que, como se recordará, essa imposição até já foi discutida no Parlamento português, tendo resultado num dos mais saborosos poemas da muito saudosa Natália Correia, dedicado a um deputado do CDS que desgraçadamente só tinha um filho.
    Curioso não é eu eventualmente acreditar que há pecado; curioso, e muito - mas longe de me espantar - é um católico, como imagino que o Luís seja, ter essa posição 'pragmática', vamos por as coisas assim, em relação ao pecado. Aparentemente, a coisa é assim: que importância tem pecar, se depois há a confissão? Só lhe recordo que doutrinariamente, lá voltamos ao mesmo, a coisa não funciona assim!

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  15. Vou usar um argumento imbatível: "Não impõe, não senhor".
    ó Ernesto, acha que isto é argumento?!
    Não vou estar a teimar consigo. Se quiser que lho demonstre documentalmente, posso fazê-lo.
    Discutir nesta base, parece-me inútil.
    É falsa e errada a afirmação que faz.

    Quanto ao último parágrafo, o Ernesto sabe que está a deturpar o que eu disse. Eu não disse: "que importância tem pecar, se depois há a confissão?"
    O que eu disse é que me parece pouco honesto o argumento, ainda para mais dado por um agnóstico, de que os católicos não são livres porque existe o pecado.
    Os católicos são livres, como os outros, na sua actuação. E olhe que quem não é católico também peca, como os católicos. Ou acha que os agnósticos são todos Santos?

    Quanto ao facto de os católicos pecarem, não disse, obviamente, que isso não tem problema. O que disse é que os católicos podem bem com os seus pecados, e não precisam de lágrimas de crocodilo para lidar com eles.
    Como diz que conhece bem a religião, deve saber que a primeira (a primeira!!!) oração que se reza todos os Domingos na Santa Missa é uma oração em que os presentes (que querem, obviamente) dizem o seguinte: "Confesso a Deus todo Poderoso, e a vós irmãos, que pequei por muitas vezes, por palavras, actos e omissões. Por minha culpa, minha tão grande culpa..."
    Ou seja, todos os Domingos os católicos confessam publicamente que pecaram. Está chocado? É assim mesmo.
    O que disse, e repito, é que os católicos são livres e sabem lidar com os seus - sempre existentes - pecados. Mas devem lutar e lutam contra eles, procurando evitá-los.
    E sabe, Pai que é Pai, conhece e perdoa as fragilidades dos filhos, mesmo quando eles têm o enorme defeito de ser católicos.
    cumprimentos
    Luís Gagliardini Graça

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  16. Queria apenas dar razão ao Luís, nesta questão dos fins da sexualidade no casal católico. Efectivamente, já há muito tempo que a Igreja abrangeu entre os fins do casamento a "maior realização do casal", alargando assim para além da mera procriação, que é o argumento principal do Ernesto Serna.

    Não sou árbitro, nem pretendo sê-lo. Mas factos são factos.

    Acresce que a religião, qualquer religião, implica sempre uma questão de consciência entre o próprio e a doutrina da sua Igreja. Se não fosse assim nem haveria dogmas, que são os pontos de fé sobre os quais a Igreja não admite discussão, nem haveria evolução das doutrinas ou muito menos correntes interpretativas, como é o caso no Islão, das mais fundamentalistas às mais reflexivas.

    Ora, o facto de haver pecados, confissões e absolvições, não iliba o crente, católico ou de outra confissão, da responsabilidade de fazer escolhas, reconhecer erros e esforçar-se por melhorar.

    Como aliás, creio, fará qualquer cidadão em relação à sua vida, nomeadamente pessoal, e na sua relação com os outros.

    Não é o facto de se aderir a uma determinada doutrina que altera fundamentalmente esta questão. As respostas de cada doutrina perante situações concretas é que podem ser diferentes.

    Por tudo isto é que a liberdade de opinião é tão importante. E quando se põe em causa, com juízos liminares, as opiniões de outros, põe-se em causa a liberdade de opinião e de expressão. E isto não é o mesmo que discordar de uma opinião: é não admiti-la.

    Enfim, não sei a que debate se refere o autor da posta, mas sei que não é por se fazer uma poesia que um desconhecimento passa a ser um facto.

    Parabéns pelo interessante debate. Abraços.

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  17. O debate está interessante, como diz o Ventanias. Mas está também a entrar num beco sem qualquer saída. Entre outras razões, porque o argumentário está em fase de obrigar a discussão e não a troca de mails. Agradeço a todos o contributo, cumprimento com consideração os que nele quiseram participar e prometo (mesmo sabendo que provavelmente não cumprirei - o que é claramente um pecado) não estar tantos meses sem novos post's. E assim me retiro. Ernesto Serna.

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  18. Pena minha que não tenha tido disponibilidade para seguir o "bate-papo". Tem razão ES quando diz que as postas não vançarão nada.
    Todavia queria ainda rebater algumas afirmações de LGG, que do alto dos seus ensinamentos se esqueceu de ler e contextualizar.

    "é um erro histórico dizer que o Estado do Vaticano é o "resquício último da sobreposição entre poder do estado e da igreja" - olhe não doutor, olhe que não! releia o que nos contam os historiadores e talvez possa concluir de modo diferente!

    "Outor dado que o vai surpreender: a posição da igreja sobre o preservativo não é nehum dogma!!1 Já viu, tantas surpresas num dia só!?!?"
    De facto é de ficar surpreso! Não sei como pode concluir assim de um comentario que referia "Terá, todavia que convir que quando fala exprime uma posição respeitadora de um conjunto de dogmas"!

    Finalmente "Em terceiro lugar Sua Santidade, ao contrário do que o Pírolas diz, referiu-se expressamente a campanhas exclusivamente baseadas no uso do preservativo."
    contraponho palavras do porta-voz do Estado/Igreja do Vaticano "the Church's priority is education, research and human and spiritual assistance, not condom distribution."

    melhores cumprimentos e espero que continuem a discutir durante as almoçaradas dos "nortadas"
    Bem hajam!

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  19. Só para terminar, esta foi a resposta do Santo Padre (tradução do francês):
    "I would say that this problem of AIDS can't be overcome only with publicity slogans. If there is not the soul, if the Africans are not helped, the scourge can't be resolved with the distribution of condoms: on the contrary, there is a risk of increasing the problem. The solution can only be found in a double commitment: first, a humanization of sexuality, that is, a spiritual and human renewal that brings with it a new way of behaving with one another; and second, a true friendship, also and above all for those who suffer, the willingness -- even with sacrifice and self-denial -- to be with the suffering. And these are the factors that help and that lead to visible progress.

    Because of this, I would say that this, our double effort to renew man interiorly, to give spiritual and human strength for correct behavior with regard to one's body and that of another, and this capacity to suffer with those who suffer, to remain present in situations of trial. It seems to me that this is the correct answer, and the Church does this and thus offers a very great and important contribution. We thank all those who do this."

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  20. Pírolas:
    o ES já tinha acabado com a conversa...
    O Pírolas esqueceu-se da palavra "só" na tradução.
    Aqui fica a versão em castelhano
    "Diría que no se puede superar el problema del Sida SÓLO con eslóganes publicitarios. Si no está el alma, si no se ayuda a los africanos, no se puede solucionar este flagelo SÓLO distribuyendo profilácticos: al contrario, existe el riesgo de aumentar el problema".
    É tramado quando se retira uma palavrinha do texto, não é?
    Em qualquer caso as suas citações só vêm mostrar que o ES não tinha razão.

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  21. eu esqueci?
    Isto está escarrapachado no sitio que me foi indicado pelo Luis... (só frisei que se tratava de uma tradução porque a resposta foi dada em francês a pedido do jornalista)

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  22. Caro "anónimo"
    É terrível que só os castelhanos tenham inserido uma palavra, né? Se calha o Santo Padre expressou-se em castelhano!
    Detesto que me tomem por tolo ou desonesto! e por pura chacota! Leia e depois comente! Não seja intempestivo que o mundo não está para essas coisas...
    "Je dirais qu'on ne peut pas surmonter ce problème du SIDA uniquement avec des slogans publicitaires. Si on n'y met pas l'âme, si on n'aide pas les Africains, on ne peut pas résoudre ce fléau par la distribution de préservatifs : au contraire, le risque est d'augmenter le problème. La solution ne peut se trouver que dans un double engagement : le premier, une humanisation de la sexualité, c'est-à-dire un renouveau spirituel et humain qui apporte avec soi une nouvelle manière de se comporter l'un avec l'autre, et le deuxième, une véritable amitié également et surtout pour les personnes qui souffrent, la disponibilité, même au prix de sacrifices, de renoncements personnels, à être proches de ceux qui souffrent.

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  23. Declaraciones del Papa a los periodistas presentes en el vuelo a Camerún


    Transcripción íntegra de sus respuestas a los informadores




    CIUDAD DEL VATICANO, miércoles 18 de marzo de 2009 (ZENIT.org).- Ofrecemos a continuación la transcripción del diálogo que Benedicto XVI mantuvo con los periodistas presentes en el vuelo papal Roma-Yaoundé, y que hoy ha sido hecho público por la Santa Sede.






    * * *





    Padre Federico Lombardi: Santidad, bienvenido en medio del grupo de colegas: somos unos setenta los que nos estamos preparando para vivir este viaje con usted. Le hacemos los mejores augurios y esperamos poder acompañarle con nuestro servicio, de modo tal que hagamos partícipes también a muchas otras personas de esta aventura. Como es habitual, nosotros le estamos muy agradecidos por la conversación que ahora nos concede; la hemos preparado recogiendo en días pasados un cierto número de preguntas por parte de los colegas -he recibido unas treinta-, y luego hemos elegido algunas que pudieran presentar un discurso completo sobre este viaje y que pudieran interesar a todos, y le estamos muy agradecidos por las respuestas que nos dará. La primera pregunta la plantea nuestro colega Lucio Brunelli, de la televisión italiana, que se encuentra aquí a nuestra derecha:

    Pregunta: Buenos días, Santidad, desde hace tiempo --y, en particular, tras su última carta a los obispos del mundo-- muchos periódicos hablan de la 'soledad del Papa'. ¿Usted que piensa al respecto? ¿Y con qué sentimientos, tras las recientes vicisitudes, vuela ahora a África con nosotros?

    Papa: En verdad debo decir que me da un poco de risa este mito de mi soledad: de ninguna forma me siento solo. Cada día recibo en las visitas de trabajo a los colaboradores más cercanos, empezando por el Secretario de Estado hasta la Congregación De Propaganda Fide, etc.; veo también a todos los Jefes de dicasterio regularmente, cada día recibo a obispos en visita ad Limina, últimamente a todos los obispos, uno tras otro, de Nigeria, después los obispos de Argentina... Hemos tenido dos Plenarias en estos días, una de la Congregación para el Culto Divino y otra de la Congregación para el Clero, y después encuentros amistosos; una red de amistad, incluso mis compañeros de Alemania han venido recientemente para un día, para charlar conmigo.... Entonces, por tanto, la soledad no es un problema, estoy realmente rodeador de amigos en una colaboración espléndida con obispos, con colaboradores, con laicos, y estoy agradecido por esto. A África voy con gran alegría: yo amo a África, tengo muchos amigos africanos ya desde los tiempos en que era profesor hasta ahora; amo la alegría de la fe, esta fe gozosa que se encuentra en África. Sabéis que el mandato del Señor para el Sucesor de Pedro es el de "confirmar a los hermanos en la fe": yo intento hacerlo. Pero estoy seguro de que volveré yo mismo confirmado por los hermanos, contagiado, por así decirlo, de su fe gozosa.

    P. Lombardi: La segunda pregunta nos la presenta John Thavis, responsable de la sección romana de la agencia de noticias católica de Estados Unidos:

    Pregunta: Santidad, usted viaja a África mientras está en curso una crisis económica mundial que tiene sus reflejos también en los países pobres. Por otro lado, África debe afrontar en este momento una crisis alimentaria. Quisiera preguntarle tres cosas: ¿esta situación encontrará eco en su viaje? Y usted, ¿se dirigirá a la comunidad internacional para que se haga cargo de los problemas de África? Y la tercera, ¿se hablará de estos problemas en la encíclica que está preparando?

    Papa: Gracias por la pregunta. Naturalmente, yo no voy a África con un programa político-económico, porque me faltarían las competencias. Voy con un programa religioso, de fe, de moral, pero precisamente esta es también una contribución esencial a problema de la crisis económica que vivimos en este momento. Todos sabemos que un elemento fundamental de la crisis es precisamente un déficit de ética en las estructuras económicas; se comprende que la ética no es algo "fuera" de la economía, sino "dentro", y que la economía no funciona si no lleva consigo el elemento ético. Por ello, hablando de Dios y hablando de los grandes valores espirituales que constituyen la vida cristiana, intentaré contribuir también a superar esta crisis, para renovar el sistema económico desde dentro, donde está el verdadero centro de la crisis. Y naturalmente, apelaré a la solidaridad internacional: la Iglesia es católica, es decir universal, abierta a todas las culturas, a todos los continentes; está presente en todos los sistemas políticos y así la solidaridad es un principio interno, fundamental para el catolicismo. Quisiera dirigir naturalmente un llamamiento ante todo a la propia solidaridad católica, pero extendiéndolo también a la solidaridad de todos aquellos que ven su responsabilidad en la sociedad humana de hoy. Obviamente hablaré de esto también en la encíclica: éste es un motivo del retraso. Estábamos a punto de publicarla, cuando se desencadenó esta crisis y hemos retomado el texto ara responder más adecuadamente, en el ámbito de nuestras competencias, en el ámbito de la Doctrina Social de la Iglesia, pero con referencias reales a la crisis actual. Así espero que la Encíclica pueda ser también un elemento, una fuerza para superar la difícil situación actual.

    P. Lombardi: Santidad, la tercera pregunta la plantea nuestra colega Isabelle de Gaulmyn, de "La Croix":

    Pregunta: Très Saint Père, bon jour. Hago la pregunta en italiano, pero si puede responder en francés... El Consejo especial para África del Sínodo de los obispos ha pedido que el fuerte crecimiento cuantitativo de la Iglesia africana se convierta también en un crecimiento cualitativo. A veces, los responsables de la Iglesia son considerados como un grupo de ricos privilegiados, y sus comportamientos no son coherentes con el anuncio del Evangelio. ¿Usted invitará a la Iglesia en África a un empeño de examen de conciencia y de purificación de las estructuras?

    Papa: Intentaré, si es posible, hablar en francés. Tengo una visión muy positiva de la Iglesia en África: es una Iglesia muy cercana a los pobres, una Iglesia con las personas que sufren, con las personas que necesitan ayuda y por tanto me parece que la Iglesia es realmente una institución que aún funciona, al contrario que otras instituciones que ya no funcionan, y con su sistema educativo, de hospitales, de ayuda, en todas las situaciones, está presente en el mundo de los pobres y de los que sufren. Naturalmente, el pecado original está presente también en la Iglesia; no existe una sociedad perfecta y por tanto existen pecados y deficiencias en la Iglesia en África, y en este sentido un examen de conciencia, una purificación interior siempre es necesaria, y yo apelaré también al sentido de la liturgia eucarística: ésta empieza siempre con una purificación de la conciencia, y un nuevo comienzo en la presencia del Señor. Y diría que más que una purificación de las estructuras, que siempre es necesaria, es necesaria una purificación de los corazones, porque las estructuras son un reflejo de los corazones, y haremos todo lo posible para dar una nueva fuerza a la espiritualidad, a la presencia de Dios en nuestro corazón, sea para la purificación de las estructuras de la Iglesia, sea para ayudar a la purificación de las estructuras de la sociedad.

    P. Lombardi: Ahora, una pregunta que procede de la parte alemana de este grupo de periodistas: es Christa Kramer, representando al Sankt Ulrich Verlag, quien hace la pregunta:

    Domanda: Heiliger Vater, gute Reise! [Santo Padre, ¡buen viaje! Ndt.] El padre Lombardi me ha dicho que tengo que hablar en italiano, así que le hago la pregunta en italiano. Cuando usted se dirige a Europa, habla a menudo de un horizonte en el que Dios parece desaparecer. En África no es así, pero existe una presencia agresiva de las sectas, están las religiones tradicionales africanas. ¿Cuál es por tanto la especificidad del mensaje de la Iglesia católica que usted quiere presentar en este contexto?

    Papa: Ante todo nos damos cuenta de que en África el problema del ateísmo casi no se plantea, porque la realidad de Dios es tan presente, tan real en el corazón de los africanos que no creer en Dios, vivir sin Dios no parece una tentación. Es verdad que existe el problema de las sectas: no anunciamos nosotros, como hacen algunas de ellas, un Evangelio de prosperidad, sino un realismo cristiano; no anunciamos milagros, como hacen algunos, sino la sobriedad de la vida cristiana. Estamos convencidos de que toda esta sobriedad, este realismo que anuncia a un Dios que se ha hecho hombre, y por tanto un Dios profundamente humano, un Dios que sufre también con nosotros, da un sentido a nuestro sufrimiento para un anuncio con un horizonte más amplio, que tiene más futuro. Y sabemos que estas sectas no son muy estables en su consistencia: en el momento puede funcionar el anuncio de la prosperidad, de curaciones milagrosas, etc., pero tras un poco de tiempo se ve que la vida es difícil, que un Dios humano, un Dios que sufre con nosotros es más convincente, más verdadero, y ofrece una ayuda más grande para la vida. Otra cosa importante es que nosotros tenemos la estructura de la Iglesia católica. Anunciamos no a un pequeño grupo que tras un cierto se aísla y se pierde, sino que entramos en esta gran red universal de la catolicidad, no sólo trans-temporal, sino presente sobre todo como una gran red de amistad que nos une y nos ayuda también a superar el individualismo para llegar a esta unidad en la diversidad, que es la verdadera promesa.

    P. Lombardi: Y ahora, damos de nuevo la palabra a una voz francesa: es nuestro colega Philippe Visseyrias de France 2:

    Pregunta: Santidad, entre los muchos males que afligen a África, está en particular el de la difusión del Sida. La postura de la Iglesia católica sobre el modo de luchar contra él es considerada a menudo no realista ni eficaz. ¿Usted afrontará este tema, durante el viaje? Querido Santo Padre, ¿le sería posible responder en francés a esta pregunta?

    Papa: Yo diría lo contrario: pienso que la realidad más eficiente, más presente en el frente de la lucha contra el Sida es precisamente la Iglesia católica, con sus movimientos, con sus diversas realidades. Pienso en la comunidad de San Egidio que hace tanto, visible e invisiblemente, en la lucha contra el Sida, en los Camilos, en todas las monjas que están a disposición de los enfermos... Diría que no se puede superar el problema del Sida sólo con eslóganes publicitarios. Si no está el alma, si no se ayuda a los africanos, no se puede solucionar este flagelo sólo distribuyendo profilácticos: al contrario, existe el riesgo de aumentar el problema. La solución puede encontrarse sólo en un doble empeño: el primero, una humanización de la sexualidad, es decir, una renovación espiritual y humano que traiga consigo una nueva forma de comportarse uno con el otro, y segundo, una verdadera amistad también y sobre todo hacia las personas que sufren, la disponibilidad incluso con sacrificios, con renuncias personales, a estar con los que sufren. Y estos son factores que ayudan y que traen progresos visibles. Por tanto, diría, esta doble fuerza nuestra de renovar al hombre interiormente, de dar fuerza espiritual y humana para un comportamiento justo hacia el propio cuerpo y hacia el prójimo, y esta capacidad de sufrir con los que sufren, de permanecer en los momentos de prueba. Me parece que ésta es la respuesta correcta, y que la Iglesia hace esto y ofrece así una contribución grandísima e importante. Agradecemos a todos los que lo hacen.

    P. Lombardi: Y ahora una última pregunta que viene desde Chile, porque nosotros somos muy internacionales: tenemos aquí a la corresponsal de la televisión católica chilena con nosotros. Y le damos la palabra para una última pregunta: María Burgos ...

    Pregunta: Gracias, padre Lombardi. Santidad, ¿qué signos de esperanza ve la Iglesia en el continente africano? Y: ¿usted piensa poder dirigir a África un mensaje de esperanza?

    Papa: Nuestra fe es esperanza por definición: lo dice la Sagrada Escritura. Y por ello, quien lleva la fe está convencido de llevar también la esperanza. Me parece, a pesar de todos los problemas que conocemos bien, que existen grandes signos de esperanza. Nuevos gobiernos, nueva disponibilidad de colaboración, lucha contra la corrupción -¡un gran mal que debe ser superado!- y también la apertura de las religiones tradicionales a la fe cristiana, porque en las religiones tradicionales todos conocen a Dios, el Dios único, pero aparece un poco lejano. Esperan que se acerque. Y en el anuncio del Dios hecho hombre estas se reconocen: Dios realmente se nos ha acercado. Además, la Iglesia católica tiene mucho en común: digamos, el culto de los antepasados encuentra su respuesta en la comunión de los santos, en el purgatorio. Los santos no son sólo los canonizados, son todos nuestros muertos. Y así, en el Cuerpo de Cristo, se realiza precisamente lo que intuía el culto a los antepasados. Etc. Así se da un encuentro profundo que da realmente esperanza. Y crece también el diálogo interreligioso -he hablado ya con más de la mitad de los obispos africanos, y las relaciones con los musulmanes, a pesar de los problemas que se puedan verificar, son muy prometedoras, según me han dicho; el diálogo crece en el respeto mutuo y la colaboración en las responsabilidades éticas comunes. Y por lo demás crece también el sentido de catolicidad que ayuda a superar el tribalismo,uno de los grandes problemas, y surge la alegría de ser cristianos. Un problema de las religiones tradicionales es el miedo a los espíritus. Uno de los obispos africanos me dijo: uno se convierte realmente al cristianismo, llega a ser plenamente cristiano cuando sabe que verdaderamente Cristo es más fuerte. Desaparece el miedo. Y este también es un fenómeno creciente. Así, diría, con muchos elementos y problemas que no pueden faltar, crecen las fuerzas espirituales, económicas, humanas que nos dan esperanza, y quisiera poner de manifiesto los elementos de esperanza.

    P. Lombardi: Mil gracias, Santidad, por el tiempo que nos ha dado, por las cosas que nos ha dicho. Es una óptima introducción para seguir su viaje con mucho entusiasmo. Nos empeñaremos en extender su mensaje a todo el continente y a todos nuestros lectores y oyentes.

    [Traducción del original italiano por Inma Alvarez]

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  24. Ja agora parece-me de interesse tambem lerem o seguinte texto :
    In the mid-1980s, Pope Jon Paul 11 visited a squalid barrio in Tumaco, Columbia. He was dressed to the holy hilt in his finest white vestments. The cap, solid gold cross and Pontiff ducked through a hole cut into tin sheets and plastic and entered a shack that was the home of an unemployed peasant farmer, his pregnant wife and a half-dozen emaciated kids. The lean-to structure and the family of hopelessness within were typical of the crowded barrios he had seen on his tour, which was little more than a cesspool of poverty and violence, a dump site of shattered dreams. No doubt the Pope was a seasoned observer of the sight of many countless children in slums with their stick limbs and swelling bellies, playing in the open sewers. While in the hut, he tried to speak soft words of comfort over a cacophony of babies crying for want of food, as they sucked at breasts run dry from overwork and overbreeding.

    The stench of dysentery shriveled the papal nostrils. The hollow and awestruck gaze of the farmer and his tattered tots made him weep. He re-emerged from the shack, displaying tears like shining medals to the tropical sun and the relentless flashing eyes of cameras. He declared with a moving voice, to the press and the world at large, "I bless the people in this home" As he left the area, a papal aide was seen slipping $300 into the Columbian farmer's hand.
    Upon the Pope's return from the South American crusade, he stressed with even more righteous certainty than ever before that all birth control and contraceptive methods are a sin.
    John Hogue

    The people here now don't care about Mother Earth, because when they die they're going to heaven. They're going to get a harp, a pair of wings, and a halo, and they're going to be playing all the time. It is very unattractive to me. I don't even know how to play a harp.
    Grandfather Semu Huarte: American Indian, Chumash Nation 1983

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