O Prof. Silva Morais publica no Diário Económico de12 de Março um breve artigo sobre o Relatório Larosière e sobre a Comunicação da Comissão, que sucedeu àquele.
O Prof. Silva Morais tem, a meu ver, toda a razão em se indignar com o silêncio luso sobre estes documentos. Chego a perguntar-me quantas pessoas no Ministério das Finanças ou no Banco de Portugal (já nem falo no MNE, pois parece que a Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Dra. Teresa Ribeiro, está desaparecida em combate) os terão lido, estudado e discutido.
O Prof. Silva Morais tem outra vez razão na sua desilusão sobre a retórica balofa da dita Comunicação e na rendição que esta exprime, nas entrelinhas, aos ventos do proteccionismo.
O Prof. Silva Morais vê ainda justo, creio eu, quando critica a falta de vontade ou coragem política dos dirigentes europeus face à actual conjuntura.
Discordo do Prof. Silva Morais quanto à sua esperança de que a separação entre a vertente micro-prudencial e a vertente macro-prudencial da supervisão bancária seja uma boa aposta. Por outro lado, a criação, nos moldes em que está concebida, de um novo orgão comunitário, o Conselho Europeu de Risco Sistémico, parece-me mais um gadget burocrático que só aumentará a barafunda e a desresponsabilização, para além de ser uma maneira matreira de entregar aos bancos graúdos o poder de licenciamento da maioria dos bancos europeus.
Fico com pena que o Prof. Silva Morais não se tenha pronunciado sobre outras medidas sugeridas naqueles documentos e sobre a nebulosa repartição de tarefas entre as autoridades nacionais, comunitárias e internacionais. Mas não se pode ter tudo.
douro
Quanta informação deveria chegar às mãos dos destinatários finais (todos nós) e se perde no labirinto mais babélico que imaginar se possa!
ResponderEliminarPassi por aqui apenas para agradecer o link para o meu blog. É uma honra!
ResponderEliminarSó tenho pena pela falta de gosto revelada pelos autores do nortadas:)
Votos de bom fim-de-semana!