quinta-feira, março 05, 2009

Alexandre Soares dos Santos

Em momentos de crise e dúvida nada melhor do que ouvir Senhores. E sem dúvida que Alexandre Soares dos Santos pertence ao restrito lote de grandes empresários Portugueses. Claramente já extravasou as nossas fronteiras como o prova, por exemplo, os negócios na Polónia. Mais recentemente tem sido noticia pela positiva:
- criação de uma fundação para ajudar a compreender Portugal
- que não haveria despedimentos no seu grupo onde emprega 2400 pessoas

e hoje na SIC Noticias dava gosto ouvi-lo. Solto, pausadamente como o fazem os sábios, mas acima de tudo bem acutilante nas frases curtas mas directas:
- no BPN só o Banco Central é que não conhecia o que se passava
- o BPP foi a jogo e perdeu
- os sindicatos portugueses são de fricção e não de colaboração
- os tempos deveriam fazer com que o parlamento e os partidos discutissem os grandes temas e não os casamentos, as adopções ou outros temas menos oportunos
- a CGD deveria apoiar empresas e não emprestar dinheiro para jogos de poder
- a oposição de esquerda enerva-o e preocupa-o (foi a única altura em que se enervou)
- portugal mudou vezes demais de ministros das finanças, da economia e da educação
- portugal precisa de uma maioria absoluta no governo e não de crises governamentais


Era preciso que outros como ele falassem. Falassem e fossem exemplos admirados e não os que com "chico-espertices" ganham um gel novo na cabeça e uns fatos com melhor corte e são vistos como exemplos a seguir.

Portugal precisa, como Alexandre Soares dos Santos referiu, de empresários que façam por Portugal o seu melhor. Criando riqueza, fomentando o desenvolvimento e apostando na educação. Mas não abundam por aí.

2 comentários:

  1. pena que haja poucos assim em Portugal! tomára que a classe empresarial portuguesa se comportasse com tanta verticalidade e visão de empreendedorismo. Mesmo podendo estar em desacordo com as posições políticas pessoais, Homens destes fazem muita falta. Infelizmente a grande maioria prefere os jogos de poder mesmo sabendo que de poder só restarão migalhas para eles; para além de conspurcarem as suas contas bancárias (e dos outros) com a sujidade dos seus negócios. Parabéns! Posta bem merecida!

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  2. Ele pede uma maioria, será que não temos, já?
    Fala em fricção, nos sindicatos. Onde não existe fricção?

    Claro que tem razão na maioria das observações que faz.

    Mas que esperar de um regime partidocrático puro e duro que só almeja o poder, permanecer no poder, eternizar-se no poder?

    O fim em si mesmo é o poder!

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