Depois, parece que Obama trás consigo a esperança de a América poder vir a adoptar algumas das soluções europeias - nomeadamente o acesso universal à saúde - o que, a concretizar-se, traduziria uma reaproximação dos modelos ocidentais que me parece de valorizar particularmente, num momento em que a liderança Ocidental começa a ser posta em causa. Paradoxalmente, penso que uma das consequências positivas da actual crise financeira poderá ser exactamente esta: o Estado é um instrumento da vontade colectiva das Nações e, como tal, deve produzir as respostas que a consciência colectiva exige - neste caso, o acesso universal à saúde.
Por outro lado, não creio que Obama possa trazer alterações significativas da política externa americana. Mas acredito que a sua eleição trará imanente um voto de confiança universal na "bondade" do sistema americano, o que, como sabemos, tem vindo a ser atacado um pouco por todo o lado, por causa de Bush e da sua equipa e principalmente por causa da errática condução do processo iraquiano.
Assumo também os riscos do "meu voto". A lufada de ar fresco que a eleição de Obama poderá trazer, pode rapidamente tornar-se numa desilusão universal que, a verificar-se, seria muito perniciosa para o Mundo e para o Ocidente em particular.
Por conseguinte, o meu voto é mais uma manifestação do meu voluntário optimismo. Oxalá...
Na política externa, o que mais receio em Obama é a teoria da "coligação das democracias", que subalterniza a Europa e a Nato. Não me parece uma intenção de apoiar.
ResponderEliminarMas admito que a eleição de Obama possa a curto prazo ajudar a ultrapassar a crise, incutindo confiança na economia.
Um abraço
JAC
O que vale é que o «voto» dos ventanias nada vale. Tal como o meu voto em McCain.
ResponderEliminarLibertas