quinta-feira, outubro 02, 2008

O País dos compadrios

Portugal é pequeno e todos se conhecem. Lisboa ainda menor é. Claro que ninguém pede uma cunha a ninguém. Mas se eu não desmascarar o tipo do Partido A, quando este for governo porque o vai ser também não desmascara os meus pequenos favores.

Infelizmente é esta a prática comum em Portugal. Basta ver o que se passa com a história das casas em Lisboa e do artigo desassombrado de Mário Crespo.

É isso que se passa em outros locais em que pertencer a um partido politico seja ele qual for, é garantia de poder usufruir de uma mordomia qualquer.

É este país no seu melhor.

É verdade acabei de chegar da Madeira, que talvez seja o expoente máximo desta prática.

2 comentários:

  1. Expoente máximo, a Madeira?!
    não acredito. Tem provas?

    Ali é tudo gente boa, gente de fino recorte democrático, gente que poderia servir de modelo para o país, diria mais: para o mundo!

    É pena haver tanta maledicência por esse país fora. É INVEJA!

    INVEJA PURA E DURA!!!

    Tanta obsessão doentia com gente boa, honesta, transparente, tão temente a Deus...

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  2. Desculpem mas isso das casas não tem nada a ver com política e suas cores mas e simplesmente com arquitectura e engenharia. Concluam depois de ler.


    Apartamentos giratórios

    Há uns dias fomos surpreendidos pela apresentação do projecto da primeira torre giratória, da autoria de David Fischer.
    Quem não se impressionou com esta revolução na arquitectura tradicional foi Eulálio Ergue A. Massa que se mostrou visivelmente indignado com toda a publicidade feita ao que ele chamou de “vergonhosa mentira ao serviço do capitalismo de areia-rosa”, pois, segundo ele próprio, as construções GIRATÓRIAS são a sua imagem de marca desde o primeiro rabisco milimétrico feito a pau de giz com que projectou os galinheiros para as ovelhas da Tia Maria do sachôlo. “ Bem, nessa ocasião como ainda estava cheiinho de força na verga, projectei aquilo pela ribanceira abaixo acabando por foder o condomínio fechado das ovelhas que não tiveram outro remédio senão continuar a pastar e dormir no curral arquitectado por um Engenheiro de caminhos ermos e eiras de terra batida da CML".
    Segundo Eulálio Ergue A. Massa, para atingir a perfeição dos apartamentos giratórios, o primeiro passo a dar é ter em conta um adiantamento generoso de uma concepção arquitectónica bioclimática que combine com a ecoconstrução de várias contas bem assentes sobre os alicerces de Trava-Línguas já que esta técnica requer uma estratégia de silêncio e contenção das massas envolvidas. “ No projecto inicial os abatimentos estarão fora de questão, pois ao contrário do que se diz por aí, para determinar a consistência do concreto pela falta de água ou excesso de vinho, é apenas necessário um Moiro de Trabalho, com os acabamentos mentais desestruturados, promovido a empreiteiro de construção civil e a quem se oferecerá imediatamente um bilhete (em envelope fechado) só de ida para Angola ou Iraque onde poderá continuara a ser o Moiro de origem. A partir deste ponto, quebram-se algumas regras da engenharia convencional e “começa-se a construção da casa ou prédio pela água-mestra e, (aqui é que está o truque), em vez das quatro águas, substituímos duas por whisky de excelente qualidade até se obter uma tacaniça que vai poupar muita telha", explicou Ergue A. Massa, chamando ainda a atenção para as aldravas que devem ser colocadas mesmo antes de qualquer porta ou parede para assegurar o sucesso final do projecto e construção. Deste modo tudo que era deixa de ser e onde deviam estar 4 ou 5 blocos de apartamentos passará a haver mais um caido do céu onde encaixará na perfeição (quase) nos baldrames que nunca ninguém viu! Eulálio Ergue A. Massa explica que “basta aproveitar os tempos difíceis para perceber que andam todos com os olhos no chão à procura do bilhete premiado do euromilhões; assim, ao começar a construção de uma casa pelo telhado, a única coisa que um dia vão ver é a entrada do prédio e a saída para a rua. O único problema é que ainda não consegui acertar a posição exacta do encaixe da estrutura sobre os tais baldrames pelo que alguns dos apartamentos ficam com os pilares principais espalhados pelo meio das salas, quartos e algumas casas de banho ficam com a banheira na vertical e bidés colados à parede!... Mas, diz Eulálio A. Massa, resolve-se o problema bastando mudar a teoria da relatividade”.
    A verdade, é que todos que alugam ou compram um destes apartamentos fantasmas, depois de tantas cabeçadas nos pilares e esquinas atrevidas em recantos centrais, fazem tudo para GIRAR dali para fora em dois tempos. Assim se percebe que os prédios construídos por Eulálio Ergue A. Massa façam GIRAR tantos compradores, vendedores, contas de bancos e, principalmente de quem se mete nelas que sai dali com a cabeça à roda. Tudo com a benção do Santo.
    São as construções Giratórias.

    PS- Eulálio Ergue A. Massa, Foi adoptado e criado por um meio-irmão abandonado ao nascer dum primo bastardo do Avô de Eulálio Preguiça. Ergue A. Massa, segundo reza a lenda, tinha apenas 10 segundos de vida quando apareceu dentro de meio saco de cimento numa obra embargada, já com uma nota de 500 paus de sacristia numa mão muito fechada e uma habilidade muito eficaz na outra.

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