Creio que a Direita tem de modernizar o seu discurso, para começar a ganhar debates no campo das ideias. Sem prejuízo do mérito dos, e das, intervenientes, entristece-me quando verifico que o "meu campo" só sabe pregar para os convertidos. E não o aceito.
A esquerda, e bem, prega a partir da ideia de liberdade, neste caso afectiva. Parece que esse princípio resolve todas as questões. Não é verdade, como se vê quando pregam por causa da falta de filhos na sociedade portuguesa (É claro que do ponto de vista da esquerda, esta última questão se resolve com um qualquer programa paternalista que financie a decisão de ter filhos...).
Onde a direita peca é em não saber sublinhar a importância da responsabilidade. Não há, todos o sabemos, liberdade sem responsabilidade. Mas não chega sabermos isso. É preciso lembrá-lo em todas as ocasiões, especialmente naquelas em que a esquerda procura defender os seus pontos de vista com a mera referência à liberdade, afectiva ou outra.
Ninguém é obrigado a casar, nem mesmo para viver plenamente os seus afectos. Mas se decidir fazê-lo, deve ou não deve assumir os deveres e as responsabilidades que essa decisão acarreta?
Para mim, é claro que sim. E nessa mesma medida, deve ser responsável pela violação "culposa" dos deveres que assumiu - isto é, não será responsável pela violação inadvertida, inconsciente, mas DEVE ser responsável pelas violações conscientes. E este é que é o único ponto, do nosso ponto de vista. Nesta como noutras matérias.
É possível um Portugal melhor. Basta querer.
A «culpa» morre solteira. Agora a própria lei quer sancionar o popular adágio...
ResponderEliminarCaro, estou 100% de acordo.
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