Afinal parece que ainda há esperança para a raça humana, pelo menos se existissem muitas almas igual a uma com quem me cruzei ontem na bomba de Aveiras.
O surreal aconteceu. O carro precisava de óleo e parei para cumprir ordens das luzes que não paravam de acender.
Lata comprada (são de plástico) e toca a abrir o motor. Tirei a tampa do reservatório (não faço a minima das ideias se este é o nome técnico) e como qualquer cristão faria pousei-a ao lado. Eis que um dos meus filhos bate a porta e a X$$$$%#$ da tampa cai para dentro do motor. E lá estava quentinha seguramente, mas nem vê-la.
Abanei o carro, subi passeio, fiz marcha atrás seguido de uma primeira e travagem brusca. Nada. Insultei-a mas ela ainda assim nada de aparecer.
Assistência em viagem pensei eu. Toca a telefonar. Depois de explicada a situação fui acusado de negligente e como tal não tinha direito a nenhuma ajuda. Népia, nem uma palavra amiga. E mesmo que ela me pudesse fazer um favor, tal consistia em mandar um reboque que demoraria 4 dias úteis a chegar ao Porto e chamava-me um taxi. Tudo isto eu teria que pagar.
Estava eu neste dilema quando um Anjo se aproximou. Analisado o problema, o homem não esteve com meias medidas. Atirou-se cheio de vontade para debaixo do meu carro, perante o meu olhar atónito, o regozijo da minha familia e a admiração da filha e da mulher que o incentivavam na operação.Desmontou, com uma simples moeda de 50 centimos, uma placa qualquer e toca a retirar a malvadada tampa. Simples.
E no meio desta operação, apenas fiquei a saber que a filha se chamava Catarina, que era engenheiro mecanico e era de Castelo Branco.
Para si meu Anjo, um abraço familiar
E nem um café lhe ofereceu? Ó Carlos, os anjos têm asas mas também bebem um cimbalino. Ainda há gente boa!
ResponderEliminarDevia ter aproveitado para o mandar lavar o automóvel, mudar o óleo e afinar o motor. Afinal, se era um anjo, não fazia mais que a obrigação dele. Abraços. A.F.S.
ResponderEliminar"Para si meu Anjo..."
ResponderEliminarPor momentos fiquei preocupado.
Abraços
Pois é, faz lembrar a história do caçador e do gorila. Pobre caçador, depois de se ter entregue ao gorila, estava triste: ...nem uma carta, um telefonema...
ResponderEliminarCaro Carlos, isso de se entregar nas mãos de um mecânico para este lhe mudar o óleo....Ó Carlos. Mas não se preocupe para si e para o seu anjo, estou certo que o amor encontrará uma via.