sexta-feira, março 28, 2008

Violência escolar?

Infelizmente julgo que a questão não se pode colocar apenas desse modo.

Já houve a geração rasca e eu arriscava-me a dizer que existe hoje em dia uma geraçáo muito rasca.

A geração que cresceu debaixo da compaixão de leis que não punem, de códigos de conduta que são puras balelas, de telenovelas foleiras e sem principios em que o facilitismo é regra geral e quem tem comportamentos mais normais é mal visto e escorraçado.

Uma geração que cresceu sob o signo do egoísmo, dos direitos adquiridos, da prevalença do eu sobre o todo.

Mas felizmente que esta caracterização não é geral. Escapam aqueles que conseguem ter em casa uma educação acente em valores que primam pela exigência, pela solidariedade e pelo respeito pelos outros.

Dá muito trabalho e nem sempre se consegue obter os melhores resultados. Mas o esforço vale a pena. Não só por eles mas por toda uma geração, pois pode ser que a boa moeda expulse a má.

3 comentários:

  1. Aposto que os pais da miúda do Carolina a deixam ver os morangos com açúcar...

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  2. Educação que começa por saber escrever Português - onde se lê "acente" talvez não fosse pior ler-se "assente"...

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  3. A nossa geração é já uma "geração rasca" porque é a que está no poder e que determina o que pode ou não ser feito; que castigos são admissíveis nas escolas e fora delas; que valores sociais são promovidos...

    A violência existe nas escolas porque falta a autoridade e o castigo que seria devido por mau comportamento, indisciplina e até mesmo delinquência.

    Os castigos físicos são hoje todos condenáveis, mas, por vezes, são os únicos que têm algum efeito e são muito úteis até certa idade. É claro que só defendo umas palmadas no rabo, na mão ou umas réguadas e só até cerca dos 10, 12 anos de idade. Também não se trata de murros, pontapés, pauladas, chicotadas... De qualquer modo, a partir destas idades são inviáveis quaisquer castigos físicos sobre os jovens, que, em caso de necessidade, deveriam ser encaminhados para "Casas de Correcção" ou lá como lhes queiram chamar (Foi assim no passado e poderá ser no futuro). Estes estabelecimentos devem incutir aos jovens aí internados as regras morais de conduta e hábitos de trabalho; ter autoridade para castigar os desvios que venham aí a ocorrer, fazendo sentir aos jovens aí internados que estão a cumprir um castigo: Poderá ser normal o levantarem-se e deitarem-se a uma hora certa e tratarem eles próprios das suas necessidades pessoais, como fazerem a cama e tratarem das suas roupas, além de outras tarefas. É claro que as actividades escolares e de preparação para uma vida profissional seriam também incluídas. As actividades de lazer devem ser permitidas só em dias definidos, mas podendo ser canceladas em caso de castigo.

    Pondo de parte os castigos físicos, que castigos aplicar aos alunos? Ficam de castigo numa sala? Não poderá isso ser considerado violência psicológica? e quando os visados se aperceberem de que nada lhes acontece se recusarem o castigo é isso mesmo que vão fazer: recusam o castigo. E depois? São multados? Quem paga as multas? Pagam-nas os alunos ou os pais? E se não pagarem? E se não tiverem meios para isso? Qual é o castigo alternativo? Ficam impunes? Expulsam-se da sala de aula ou da escola? Não serve de nada, apenas se transfere o problema para o exterior da sala de aula ou da escola. Esses jovens irão dar azo à sua liberdade doentia noutro lugar.

    Se nada mudar estamos, sem o saber, a criar pequenos “monstros” que nunca se habituarão a cumprir regras sociais, que serão uns inúteis e que viverão sempre à custa do trabalho alheio porque é mais fácil.

    Os alunos mais humildes são as primeiras vítimas e a escola não tem hoje maneira de as proteger.

    Mas todos os castigos físicos são por ora todos condenados pelas nações ocidentais, pela EU e pelo nosso país. Assim, as mudanças terão que ocorrer primeiro em países como os EUA, UK, França..., que também sentem o problema e a seu tempo se aperceberão da necessidade da reposição de alguns castigos físicos. Portugal, nisto, como noutras matérias seguirá mais tarde atrás. Os pais irão então aceitar e compreender esta necessidade para a protecção até dos seus próprios filhos que são as primeiras vítimas dos outros poucos jovens com procedimentos anormais.

    Há quem diga que os pais devem participar em mais reuniões na escola, sobre os assuntos dos filhos. E se não tiverem tempo para isso? e se nem se interessarem?

    Quanto à educação que os pais devem dar aos filhos. E quando os próprios pais não a têm, como podem ministrá-la aos filhos?

    Zé da Burra o Alentejano

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