terça-feira, março 25, 2008

MEP

Na falta de líderes e perante a descrença da sociedade civil nos partidos, nos politicos e no sistema assiste-se ao proliferar de movimentos com origem na sociedade civil.

Ontem foi a vez do MEP - MOVIMENTO ESPERANÇA PORTUGAL fazer uma apresentação no Porto.

O MEP assume-se como um projecto politico, com origem na sociedade civil que pretende ser um partido e até candidatar-se às europeias. Diz que não é de direita, nem de esquerda e tem como referencias, entre outros, Nelson Mandela e Martin Luther King

Esta iniciativa tal como outras similares parece-me ser de aplaudir,

Agradam-me algumas das ideias mas tenho as minhas reservas quando um projecto deste tipo não se posiciona claramente,

Quem são? de onde vêm? e para onde vão? quais são as motivações e interesses?etc...

Enfim, cá estaremos para ver o MEP amadurecer e se tudo correr bem virar partido politico,

esperemos que nesse longo e árduo percurso não se perca, não definhe, não seja tomado de assalto, não desista perante as primeiras dificuldades, nem se transforme num partido igual aos demais.

Entretanto os partidos que por aí andam é bom que tenham a inteligência de fazer a leitura destes fenómenos e perceber que têm de se reformular profundamente.

No caso do CDS a coisa pode ser bem mais grave pois pelo andar da carruagem nas próximas eleições ainda vai passar de partido "taxi" a partido "trotinete".

A bem da Nação!

5 comentários:

  1. Pode crer.
    E se for da trotinete, já não vai mal a coisa.

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  2. Pode crer.
    E se for da trotinete, já não vai mal a coisa.

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  3. a trote num mete

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  4. Para Rui Pego, «era um imperativo recuperar Herman José, que faz parte do património da Antena 1».
    Esquemas, com dinheiro de todos-tá tudo dito!

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  5. O envolvimento da sociedade civil na discussão pública é, a todos os níveis, de saudar, quanto mais não seja por isso poder ser um factor de renovação do "estado das coisas" e uma forma de se exigir mais e melhor de quem tem já uma posição assumida no sistema político.

    Aliás, os tempos que correm são propícios ao aparecimento de alternativas, pois temos um PS necrosado a apoiar um governo que não merece apoio, com a agravante de toda a oposição não estar a fazer o que lhe compete (cada partido por razões diferentes), não sendo por isso alternativa realista, o que levará a que a vitória do PS em 2009 seja, pelo menos vista a esta distância, uma inevitabilidade.

    Mas, já aqui disse, a diferença pelo simples facto de ser diferente não é necessariamente boa. Acima de tudo, não é só por si argumento para que o efeito útil pretendido com a intervenção deste tipo de movimentos que querem ser alternativa política os torne alternativa.

    E se este movimento quer ser partido (logo, alternativa política num sistema partidário como é o nosso) parece-me que começa mal. Essencialmente pelas razões apontadas por FVFerreira, que se podem resumir a uma só: falta de coragem para se definir.

    Diz-me uma pessoa que considero, que esteve presente na apresentação do MEP, que foram enunciados (de forma cativante e até entusiástica, segundo consta) um conjunto de princípios. Sucede que, de acordo com o relato que me foi feito, os tais principios são do género "Queremos um país em que todos possam sentar-se à mesma mesa", etc. Ora, isto é o que desde o BE ao CDS todos os partidos que temos defendem e portanto (e se calhar por isso mesmo), isto não é nada.

    E não é nada sobretudo quando após a enunciação dos tais princípios vem a confissão. Agora, o grupo formado vai reunir e vai pensar no projecto de intervenção partidária. Ora, salvo melhor opinião, esse é o primeiro passo e só depois viria a apresentação do projecto. É por isso que pergunta, e bem, o FVFerreira, quem é esta gente, o que pensa, o que quer. Realmente não sabemos e o MEP tratou que ninguém soubesse.

    Mas se calhar o próprio MEP não sabe. É por isso que diz que não é de esquerda nem de direita e escolhe para referências aqueles que são referências para todos.

    Isto para nascimento de partido parece-me pouco. Aliás, parece-me mal. De um partido que considero que valha a pena ser constituído há uma premissa da qual não abdico. Tem que sem rodeios e com toda a frontalidade logo de início assumir o que é, anunciar a sua visão de mundo e dizer como a pretende pôr em prática. Só assim estarei em condições de concluir se tal partido tem ou não condições para resolver os problemas concretos que nos impedem de ser um país melhor. Tudo o resto são "catch all parties", com programas feitos sob a forma de "costura de retalho" que, francamente, não interessam para nada.

    É por isso que o MEP, da análise que faço da forma como está a dar os primeiros passos, arrisca-se a apenas ser alternativa nas caras que venha a apresentar e se assim for, não é desta que vem o "partido que nos faz falta".

    É claro que tudo isto são premonições que faço baseadas no pouco que o MEP nos deu pelo que, se no futuro vir que me enganei, serei o primeiro a vir dar a mão à palmatória - mas acho que a minha mão não vai sofrer...

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