Este pequeno episódio do cancelamento do Lisboa-Dakar, revela muito da diferença entre a cultura francesa e a anglo-saxónica. Enquanto os primeiros concedem vitórias a organizações terroristas porque "não podem garantir a segurança" de todos, os segundos têm por hábito reagir a ameaças com um grito de revolta e de perseverança; foi o que se viu, por exemplo, a seguir ao 11 de Setembro, ou depois dos ataques do metro em Londres.
De facto, cancelar a prova por causa de ameaças é o mesmo que aceitar que a Al-Qaeda, ou quem por ela fazia as ameaças, tem o poder de alterar o modo como vivemos e de anular as nossas iniciativas. É pena.
Também é certo que seria uma desgraça se a caravana viesse de facto a ser atacada e isso porventura provocasse vítimas. No entanto, sempre seria uma afirmação de que não são os intentos terroristas que nos impedirão de viver da forma que queremos. E talvez os ataques não se concretizassem, pelo que o assunto nem o seria...
Mas enfim, ficam demonstradas as diferenças de atitude. Pelo meu lado, prefiro a atitude anglo-saxónica. Nada é inevitável, tudo pode ser vencido. Basta querer.
Também em Portugal estou convencido que não é inevitável vivermos no actual estado de coisas, que é possível construir uma sociedade mais justa, mais equilibrada e mais moralizada. Por isso aqui repito o grito de Winston Churchil, num momento em que os ventos da guerra na Europa pareciam todos jogar contra o seu País:
"We shall never surrender!" - "Nunca nos renderemos!"
Gostaria de convidar os leitores do triporto a participarem num forum nortenho http://portucale.freeforums.org/
ResponderEliminardesculpe o engano, queria dizer os leitores do nortadas
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