quarta-feira, janeiro 16, 2008

Para onde caminha o BCP?

Esta pergunta faço-a eu e o João em post que me inspirou. Não fui a esta nem a nenhuma assembleia geral do BCP. Nunca fui accionista mas sou cliente. Modesto mas sou.

Durante anos fui martirizado pela minha mãe por não ter ido para o BCP onde até tinha sido admitido. Troquei a segurança do banco pela loucura do Primeiro de Janeiro. Sem nunca assinar a ficha. Louco ano esse de 1989. Desde aí que não havia dia que a minha mãe não soltasse um suspiro sempre que se falava das permanentes dificuldades e incertezas do mundo da comunicação social. Piorou com o lançamento da GQ, essa revista de mulheres meias nuas meias vestidas. E ainda por cima a viver em Lisboa.

Até hoje. Liguei como de costume à hora de jantar. Suspirou com tristeza e eu não tinha falado nem de jornais nem de revistas. Estava simplesmente triste pelo que se havia passado nos últimos dias no BCP e que hoje tomou forma final.

Era como se tivessem tomado de assalto a sua casa. Ainda por cima quem lhe "assaltou" a casa não tinha tido coragem de aparecer e dizer ao que vinha. Era um mau sinal. Falta de coragem digo eu. Ou vergonha na cara perante tantos e tantos clientes/accionistas que ali estariam presentes. Ainda eu a falar.

Ficou provado, e o João sublinha isso mesmo, que a aliança de momento é frágil. Falta um rumo. Falta um líder que una. Um líder incontestado e respeitado.

Santos Ferreira falha claramente na primeira permissa e na segunda tenho algumas dúvidas.

Para onde caminha este BCP então? Para uma OPA de um espanhol? Para uma OPA de um português? Não sei, mas presumo que a sua caminhada será dolorosa.

1 comentário:

  1. entre trabalhar no BCP ou na GQ parece-me que fizeste uma excelente escolha! ;)

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