quinta-feira, janeiro 31, 2008

No país do jacobinos

A homenagem ao Rei D.Carlos e ao Príncipe Luís Filipe pelos 100 anos do seu assassinato é isso mesmo, uma homenagem.
Claro que há quem veja nisso um perigo para a democracia, a republicazinha, e a esta merda toda, mas que se há-de fazer, é a malta do costume.
A proibição, a pedido do BE, de o exército participar na dita homenagem, é de um provincianismo patético.
Quando morrer esta geração de merdosos republicanos (não tenho nada contra os republicanos, somente contra os merdosos), talvez o povo português possa sentir orgulho da sua história independentemente de ser monárquico, republicano, de esquerda, ou de direita.

Actualização - Para grande tristeza minha, todos os grupos parlamentares se uniram nesta palhaçada.

5 comentários:

  1. Esta emoção tardia à volta do D.Carlos é muito divertida. Se um tipo não chora uma lágrima é porque é um merdoso. E será que vão pedir outra pelo Sidónio?
    E vai haver um jantarinho? Aquele, o ex-BCP, o nóvel da CAUSA, bota discurso? Há uma missa solene? Ficava bem uma banda a tocar um requiem, lá isso ficava , assim bem fardada e lustrosa, os metais a brilhar e no fim aqueles tiros de canhão para as nuvens. Coitado do D. Carlos, mal imaginaria que cem anos depois haveria uns acirrados a cavalgarem-lhe as cinzas.

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  2. Caro Douro,
    Aqui vai o que escreveu João Gonçalves do Portugal dos Pequeninos, talvez assim perceba do que se está a falar:
    "Não sou monárquico. Isso não invalida que entenda que o centenário do assassinato de um Chefe de Estado, na circunstância um rei, deve ser recordado. Passem os anos que passarem, é um dado histórico inelutável, porventura - a avaliar pelo que se seguiu - funesto e, seguramente, anti-patriótico. Os esquecíveis deputados de todos os partidos com representação parlamentar - ou seja, já não apenas os do BE - que integram a comissão de Defesa, exigiram, ao ministro da tutela, a retirada do Exército da cerimónia organizada para a hora do regicídio, no Terreiro do Paço, na próxima sexta-feira. Trata-se de um gesto simultaneamente imbecil e infantil. Os herdeiros pífios do dr. Afonso Costa imaginam que a história muda consoante o "correcto" do momento. Não muda. D. Carlos já lá está por direito próprio, com ou sem a banda do Exército. Pelo contrário, destes deputados pequeninos ninguém falará quando desaparecerem."

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  3. Caro anónimo
    Por acaso botei comentário a esse post do Gonçalves, mas parece que ainda está à espera de passar o crivo dele, se é que vai passar.
    Não concordo com esse post do Gonçalves e considero um oportunismo indecente e uma derrapagem insensata o que alguns andam a dizer em relação às comemorações do regicídio. Claro que é um facto histórico e que se tratou de um crime hediondo, mas há limites para a justa crítica ao regime actual e à choldra em que isto se transformou. Não atiro o bébé com a água do banho e reafirmo que considero um enorme progresso que se tenha posto fim à monarquia, apesar da piolheira que se lhe seguiu. Na justa indignação contra o actual estado da nação e do regime, há uns pescadores de águas turvas que nos querem impingir, a partir dos cemitérios, o ransoso do século XIX. Não vou por aí!
    Julga que esses mesmos também vão querer comemorar o assassinato do Sidónio Pais, outro chefe de Estado?

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  4. Uma vergonha que nenhum grupo parlamentar se tenha oposto à proibição, a mando do BE.

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  5. Totalmente apoiado, vergonha esse partido nunca chegará a lado nenhum.

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