terça-feira, novembro 06, 2007

O regulador e a moralidade

Esperemos que a investigação que, ao que parece, o Banco de Portugal está efectuar sobre eventuais desmandos no acesso ao crédito de administradores de bancos e seus familiares, não se fique pelo que está fora de portas.

A mim sempre me ensinaram que "à mulher de César não lhe basta ser, precisa também de parecer".

Ora é precisamente isso que pode estar em causa neste caso.

Não é aceitável que o regulador possa andar a fiscalizar o que fazem de mal os outros, quando para si próprio aplica regras diferentes com o argumento técnico-formal de que "não é uma instituição de crédito". Brincamos, não!?!?!?!?!?!?!?!?

Se o Banco de Portugal não for capaz de impor a si próprio a disciplina que fiscaliza aos outros seremos levados a concluir que apenas fiscaliza os casos que aparecem na imprensa para salvar as aparências. É manifestamente insuficiente. Mas se calhar não surpreende, visto que o seu Governador acha normal ganhar mais do que o seu homólogo da Reserva Federal americana - que como se sabe gere não apenas a estabilidade monetária do seu País como a de uma boa parte do Globo. Para não dizer que no âmbito do BCE e do sistema de bancos centrais do Euro o Governador do Banco de Portugal está mais ao nível do governador do banco central do Minesota doque do presidente do FED...

Com franqueza, se a mulher de César não é, que me interessa a mim que pareça!?

É possível um Portugal melhor. Basta querer.

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