segunda-feira, outubro 22, 2007

Uma questão de estilos

O comportamento de Jardim Gonçalves em todo este processo que envolve o filho é muito estranho. E este processo tem abalado e muito uma estrutura que se tinha por digna, sólida e de grandes principios. Jardim Gonçalves foi o pai do banco. Foi ele quem o idealizou, quem o construiu e desenvolveu. Mas isso não lhe dá o direito de estar acima das leis e das regras que ele criou.

O que está mal neste processo não é o fim. Mas sim o principio. Ou seja, o errado não está no facto de o banco ter dado como incobrável as dividas de uma empresa. O que está errado é que o banco não pediu avales pessoais quando aceitou emprestar dinheiro a uma empresa. E se não o fez foi porque quem lhe pedia dinheiro era quem era. Até admito que Jardim Gonçalves pai não soubesse que Jardim Gonçalves filho tinha merecido um tratamento especial e que prejudicava a instituição.

Agora que a história veio a lume, em vez de disfarçar não lhe teria ficado mal pagar a divida do seu filho. É certo que o problema para o banco não está nos milhões de euros não cobrados, mas nos milhões de euros que vai precisar para limpar a imagem.

E essa começava a ficar mais limpa se Jardim Gonçalves e todos os que participaram neste processo se demitissem. E não parece ser esse o caminho.

2 comentários:

  1. Ou muito me engano ou, de uma maneira oude outra (eventualmente or via de uma OPA), 2007 ficará conhecido como "O ano da morte do BCP". A.F.S.

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  2. É melhor começar a preparar dois epitáfios.
    Para o BCP e para o BFC.

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