Regressei de uma magnifíca semana passada em Nova Iorque. Ali pude saborear aspectos fantásticos da vida numa cidade que não é verdadeiramente americana, tão pouco pode ser europeia, mas que não deixa de ser um dos expoentes máximos do génio humano e do homem ocidental em particular. Ali ainda se sentem, profundamente, as marcas do 11 de Setembro e das suas sequelas, em particular as da (des)governação do cowboy Bush. Ali se saboreiam as realizações máxima do capitalismo em todas as suas virtudes e da promessa da "terra da oportunidade", particularmente visíveis no bairro chinês e na Universidade.
Foi por isso que lá fui, pela Universidade. Mais exactamente, participei num "executive program" da Stern School of Business, integrado no mestrado que estou a fazer. Neste contexto tive o privilégio de contactar com Professores da mais alta qualidade, em matérias da maior actualidade, quase todas relacionadas com a finança - não no sentido mesquinho de banca e banqueiros que se lhe dá em Portugal, mas antes no sentido da optimização do recurso "capital" que, como se sabe, é um dos dois pilares da criação de riqueza, de par com o trabalho. O momento foi também particularmente oportuno, atendendo ao relevo que a crise do crédito e a explosão do subprime lhe conferem, nos dias que correm.
Beneficiamos (eu e minha Mulher) da generosidade do nosso amigo Miguel, que nos acolheu magnificamente e conduziu a alguns paraísos da localidade, particularmente adaptados ao nosso palato sequioso e ouvido ansioso: jantamos e almoçamos ao som de jazz delicioso, interpretado por artistas anónimos, dedicados e voluntariosos. Apreciamos abundantemente esses maravilhosos vinhos que se vão fazendo na Califórnia e fotografamos o mais que pudemos daqueles lugares mágicos que os filmes nos vão dando a conhecer. Saboreamos particularmente a segurança que se vive na cidade, em todos os lugares e a todas as horas, e desfrutamos da liberdade que isso permite. Valeu.
Regressei e verifiquei que o PSD mudou de chefe, chocou as elites e surpreendeu o País, mas não se vislumbram quais as mudanças de rumo que isso possa acarretar. Santana Lopes vai surpreendendo por agir como seria de esperar. O meu Boavista continua a perder como se esperava. O Governo não vai precisar de orçamento suplementar, pelo terceiro ano consecutivo, e a oposição continua sem Norte. O Povo continua a dar sinais de desejar urgentemente uma mudança profunda e ninguém parece estar a ouvir.
Portugal está onde o deixei. Regressou a normalidade. Até breve.
Aqui está o derrotismo, o pessimismo, o decadentismo __ causa-mor da nossa subalternidade, do nosso insucesso.
ResponderEliminarQuando se esperaria uma injecção de optimismo (esse sim, é que faz revitalizar a economia, criar novas e aliciantes expectativas, elevar o astral do mercado...) eis aqui, vinda de um "reles estrangeirado", uma opinião redutora, castradora, levando para mais longe esse oásis que alguns teimam em vislumbrar, chamado RETOMA!
NOTA: Espero que saibam ler este comentário acobertado pelo manto diáfano da ironia!... Na realidade não deixo de comungar de alguns items aflorados. Com mão de "master"!
Percebi.
ResponderEliminarMas o leitor atento já terá percebido que sou um optimista. Cá voltarei, nesse outro registo.