Há tempos, num jantar com amigos empenhados, desafiei-os a reflectir sobre o que seria Portugal daqui a 50 anos. Nessa mesma ocasião, afirmei que o maior desafio nacional da actualidade era a educação. Continuo a acreditar nisso.
Numa sociedade moderna, na era do conhecimento, numa economia de serviços, o desenvolvimento económico e social passa pela qualificação das pessoas. Sem qualificação não há ganhos de produtividade. Sem estes não se atingem os níveis de realização sócio-profissional necessários à satisfação das necessidades dos cidadãos modernos. Nem as empresas criam a riqueza necessária, nem os trabalhadores auferem os rendimentos adequados.
Como desenvolvimento desta minha convicção, deixo a posta abaixo, sobre o papel das Universidades no futuro dos portugueses.
É longa. Mas o assunto também.
Erro puro, este da importância da edução. E um erro com mais de 200 anos. De facto, andamos desde Verney a pregar a importância da educação e, desde então, não houve governo que não fizesse da educãção a sua paixão e a sua prioridade. Os resultados estão á vista.
ResponderEliminarO problema é que há uma completa inversão de prioridades. O mercado é que cria as exigências de educação. Não é a educação que cria os mercados. A educação, quando muito, cria licenciados desempregados.
Os resultados estão "á" vista não pretende ilustrar os resultados da educação. Foi um lapsus teclandi.
ResponderEliminarNão sei se percebi bem o seu comentário, funes, mas a sua conclusão é um erro profundo. Se de facto é o mercado que cria as exigências da educação, a educação não deveria (nem é verdade que o faça, apesar dos defeitos) criar desempregados. Bastava que se adaptasse às exigências do mercado, como defendo no meu post mais longo.
ResponderEliminarMas também não deixa de ser verdade que a principal responsabilidade da educação é próprio educando, e dos seus encarregados, quer na escolha de formações adequadas ao mercado, quer na aplicação desses conhecimentos no mercado.
Ora, o actual sistema educativo português vive em autarcia, isto é, para si próprio, querendo não disfarçadamente ser auto-suficiente. Basta-lhe dar emprego aos professores, os alunos que se desenrasquem...
O actual Governo tem vindo a tentar por ordem nas coisas, aparentando ser mais exigente com as Universidades, exigindo redução e simplificação do número de cursos e obrigando as universidades a adoptarem modelos institucionais mais próximos do mercado. Não chegará, porque os erros do passado são muitos. Mas é um princípio.
Ainda assim, apesar de todos os erros, os licenciados são muito menos desempregados do que os demais. O que não quer dize que não sejam frustrados...