segunda-feira, outubro 08, 2007

O futuro e Portugal. A educação universitária

Há tempos, num jantar com amigos empenhados, desafiei-os a reflectir sobre o que seria Portugal daqui a 50 anos. Nessa mesma ocasião, afirmei que o maior desafio nacional da actualidade era a educação. Continuo a acreditar nisso.

Numa sociedade moderna, na era do conhecimento, numa economia de serviços, o desenvolvimento económico e social passa pela qualificação das pessoas. Sem qualificação não há ganhos de produtividade. Sem estes não se atingem os níveis de realização sócio-profissional necessários à satisfação das necessidades dos cidadãos modernos. Nem as empresas criam a riqueza necessária, nem os trabalhadores auferem os rendimentos adequados.

Como desenvolvimento desta minha convicção, deixo a posta abaixo, sobre o papel das Universidades no futuro dos portugueses.

É longa. Mas o assunto também.

3 comentários:

  1. Erro puro, este da importância da edução. E um erro com mais de 200 anos. De facto, andamos desde Verney a pregar a importância da educação e, desde então, não houve governo que não fizesse da educãção a sua paixão e a sua prioridade. Os resultados estão á vista.
    O problema é que há uma completa inversão de prioridades. O mercado é que cria as exigências de educação. Não é a educação que cria os mercados. A educação, quando muito, cria licenciados desempregados.

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  2. Os resultados estão "á" vista não pretende ilustrar os resultados da educação. Foi um lapsus teclandi.

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  3. Não sei se percebi bem o seu comentário, funes, mas a sua conclusão é um erro profundo. Se de facto é o mercado que cria as exigências da educação, a educação não deveria (nem é verdade que o faça, apesar dos defeitos) criar desempregados. Bastava que se adaptasse às exigências do mercado, como defendo no meu post mais longo.

    Mas também não deixa de ser verdade que a principal responsabilidade da educação é próprio educando, e dos seus encarregados, quer na escolha de formações adequadas ao mercado, quer na aplicação desses conhecimentos no mercado.

    Ora, o actual sistema educativo português vive em autarcia, isto é, para si próprio, querendo não disfarçadamente ser auto-suficiente. Basta-lhe dar emprego aos professores, os alunos que se desenrasquem...

    O actual Governo tem vindo a tentar por ordem nas coisas, aparentando ser mais exigente com as Universidades, exigindo redução e simplificação do número de cursos e obrigando as universidades a adoptarem modelos institucionais mais próximos do mercado. Não chegará, porque os erros do passado são muitos. Mas é um princípio.

    Ainda assim, apesar de todos os erros, os licenciados são muito menos desempregados do que os demais. O que não quer dize que não sejam frustrados...

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