Parece que algum do orgulho dos "lobos", no que respeita ao entoar da portuguesa, transpareceu para a selecção de futebol. Infelizmente isso não se repercutiu na qualidade do jogo. Muito pelo contrário, não só a selecção jogou mal, como empatou, como ainda por cima não esteve à altura das suas responsabilidades: não soube "perder", com o exemplo a vir de um seleccionador que parece estar a perder o carisma - que é como quem diz o controle da situação.
Anda aqui uma confusão importante. Se há adversário de que o País se possa queixar, ele é o centralismo. O centralismo, naturalmente, passa-se no centro; isto é, o Terreiro do Paço. Esse é um adversário do desenvolvimento e do País. Lisboa, coitada, é uma das vítimas do centralismo. O Porto, pelo seu lado, se tem queixas hão-de ser contra o centralismo. O resto são regionalismos bacocos e infantis, do género "nós temos aeroporto e vocês não tem aerolisboa". Não jogo nesse campeonato.
Dito isto, sou cristão e democrata, pelo que tenho militado no CDS. Sou portuense, nado, criado e educado na Foz, mas não sou portista, orgulho-me de ser boavisteiro desde sempre. Vivi quase 8 anos em Lisboa, mas já vivi mais do que isso fora de Portugal. Gostava de ser monárquico, mas o País nunca considerou essa questão um assunto, por isso me contento com o republicanismo. Acima de tudo assumo-me como um liberal na política e na sociedade, acreditando profundamente nas vantagens do mercado sobre o planeamento. Gostava de viver num país mais justo, mais moralizado e mais equilibrado. Mais culto e mais desenvolvido.
Por tudo isto, também acho que nos fazem falta, aqui no Nortadas, mais e mais frequentes Rui Baptista.
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