quinta-feira, agosto 02, 2007

O estado do país

Extraordinário país este que demite os seus funcionários não por não serem competentes, mas por excederem, em muito, as melhores expectativas.

Paulo Macedo foi embora porque uma imbecil lei diz que os melhores quadros do país não podem trabalhar para o estado porque não podem ganhar mais que o Primeiro-Ministro, seja ele o mais incompetente que houver.

Dalila Rodrigues foi embora porque triplicou o número de visitantes, duplicou os lucros, enfim pôs o Museu Nacional de Arte Antiga na rota dos melhores Museus da Europa.

Para o estado o melhor funcionário é o que faz o seu trabalhinho sem criar ondas, se possível deixando tudo como está, e principalmente, caladinho.

4 comentários:

  1. Subscrevo o que diz sobre Dalila Rodrigues.
    Discordo que Paulo Macedo tenha sido um bom Director-geral dos Impostos.
    Discordo em absoluto do seu último parágrafo: o melhor funcionário não é o que está caladinho. É o que fala, para delatar os colegas que não estão caladinhos.

    ResponderEliminar
  2. O que é extraordinário por parte do PP que critica violentamente a saída de Dalila Rodrigues dizendo tratar-se de uma prática estalinista - e que eu acho que é, de facto - é que os actuais dirigentes do CDS fizeram exactamente o mesmo a funcionários do partido: puseram-nos na rua apenas por não serem apoiantes de Portas. Faz o que eu digo, não faças o que eu faço...

    ResponderEliminar
  3. Se o Alberto João Jardim se candidatasse a lider do PSD eu votava nele!

    ResponderEliminar
  4. Mas a DR foi afastada, ou foi-lhe comunicado, no prazo correcto, que não lhe iria ser renovada a comissão de serviço que acabava no final de Agosto?

    A não concordância com as políticas da tutela são para discutir internamente ou na "praça pública"?

    Convém distinguir entre denúncias de comportamentos incorrectos por parte da tutela (curropção, etc.) que será legítimo fazer publicamente, e discordância quanto, por exemplo a autonomia do MNAA.

    Já agora autonomia qual e porquê?
    O que a DR queria era que o Governo transferisse do OE as verbas para a gestão do MNAA directamente, para que a DR as gerisse ao seu livre arbítrio?

    A que propósito?
    Quem aqui concordaria com isso?

    Ou será que em vez de despachar com o bairrão Oleiro, o que ela queria era despachar directamente com o Teixeira Pinto?

    Isto agora seria uma OPA do BCP sobre o MNAA ou sobre o ex-IPM?

    E vocês, andam a dormir ou cantam sempre de ouvido?

    AM

    ResponderEliminar