Os resultados das eleições de Lisboa, não são bons para o CDS, nem para Paulo Portas.
Tenho para mim que um líder político, para além de uma grande crença em si próprio e de uma inabalável confiança nos remédios de que o País precisa, tem também de ter alguma sorte.
Manifestamente, Paulo Portas de há muito que não tem sorte. E o CDS tem pago por isso.
Não teve sorte quando se coligou com Durão Barroso. Este não tinha nenhuma ideia para o País, para além de chegar a primeiro-ministro, entenda-se, e portanto abandonou o barco à primeira oportunidade. O CDS ficou tolhido nas suas escolhas pelas consequências de ter optado por se afirmar como um "parceiro credível de governo". Teve de "engolir" Santana Lopes e o estado do PSD que isso provocou. Com as consequências conhecidas.
Paulo Portas não teve igualmente sorte na escolha do grupo parlamentar, resultante das eleições que se seguiram ao descalabro do governo em coligação com o PSD de Santana Lopes. Primeiro, porque o CDS foi excessivamente penalizado pelos resultados eleitorais. Depois porque o grupo não estava preparado para a licença sabática que Paulo Portas pretendeu tirar. O que o grupo parlamentar fez, durante essa licença, ao CDS e à sua liderança e, bem assim, ao próprio Paulo Portas, não tem qualquer espécie de qualificação.
Pior, quando Paulo Portas compreendeu que, perante o estado de coisas a que o partido tinha chegado, não lhe restava alternativa senão regressar à presidência de onde não devia ter saído, as coisas correram como nenhum de nós se quer ter de lembrar. Com uma consequência particularmente infeliz e de implicações directamente relevantes para o resultado de Telmo Correia nestas eleições: Maria José Nogueira Pinto, que não é inocente no processo, decide abandonar o partido em ruptura.
Estes acontecimentos tiveram ainda a consequência maior de reduzir o "regresso" do líder a uma chicana política das mais baixas de que há memória. Com inevitáveis perdas de credibilidade para esse líder, no caso Paulo Portas.
Como um azar nunca vem só, aquele abandono de MJNP condicionaria implacávelmente as possibilidades de o CDS se apresentar à liça em condições normais quando, último azar, Marques Mendes se vê tolhido pelas suas próprias opções tácticas e "obrigado" a deixar "cair" Carmona Rodrigues.
Todos estes azares tem um factor comum: mais próxima ou mais distantemente estão ligados ao desejo do CDS de se aproximar do eleitorado do PSD.
Há duas maneiras de se conquistar esse eleitorado. Uma é seduzi-lo para ideias diferentes. Não foi o que Paulo Portas fez. A outra é "colorir" as nossas ideias com as cores a que esse eleitorado está habituado. Infelizmente, uma das consequências desta última estratégia é que se torna difícil para as pessoas, o tal eleitorado, distinguir a carne do peixe. Pelo que, hoje em dia, tirando a questão do aborto, poucas pessoas percebem qual é a diferença entre o CDS e o PSD. Aquela em que Paulo Portas pretendeu apostar, a sua maneira diferente de fazer política, dificilmente é hoje um activo. Pode ser que volte a ser, mas não será um caminho fácil.
Dito isto, o pior que Paulo Portas pode fazer é reflectir sobre consequências inevitáveis e previsíveis como se elas representassem qualquer dado relevantemente novo. Parece-me bem e desejável que o Conselho Nacional seja chamado a pronunciar-se sobre o que aconteceu e sobretudo sobre o "porque é que aconteceu". Mas não se queira inventar a pólvora quando ela já é conhecida. Do que se trata é de perceber as razões e mudar, consistentemente, de táctica, senão mesmo de estratégia.
Na minha opinião, o que o País precisa do CDS é que este se refunde em torno das suas principais motivações políticas. O CDS deveria representar perante o eleitorado um País menos dependente do Estado e mais Humano na sua forma de organização política. Numa palavra, mais democrata-cristão (isto é, liberal na exigência de um Estado mais pequeno e menos penalizante da vivência dos cidadãos e simultaneamente mais capaz de tomar decisões mais próximas dos cidadãos). Isso implica que o CDS seja clara e inequívocamente mais anti-centralista.
Não faltam por aí ideias para dar corpo a este desígnio. Muitas delas até serão do agrado de Paulo Portas. Não é necessário mudar de equipa, muito menos de Presidente do partido.
O que é imprescindível é compreender que a táctica não é de curto prazo e a estratégia tem de ser de muito longo prazo. O meio, é o de convencer os cidadãos de que vale a pena voltar a acreditar na política. Porque há ideias alternativas que podem ser alternativas de poder (veja-se o que se passou em França). A prazo.
O CDS está na Câmara!!! O Dr. Pedro Feist é o melhor activo que o Partido tem na Câmara. ninguém tem culpa que PP e seus muchachos tenham delapidado o melhor do CDS em Lisboa: Feist e Nog. Pinto. Já agora, ha quantos anos andam em lx o telmo, monteiros, guedes e orísia?? Esses é que tem culpa!!!
ResponderEliminarQto ao portas.... tou-me nas tintas como 96,3% dos portugueses. Indiferente completamente. A seita que faça o que quiser, ninguem lhes liga puto. Por mim pode ficar. Eu estou no verão, ele no inverno, ainda que tenha prometido primavera.
O CDS assiste a mais um período de reflexão do Dr. Paulo Portas, o que é bom, pois reflectir é fazer retroceder, desviando da direcção anterior; significa também espelhar(-se), representar(-se), retratar(-se). O espelho tudo reflecte, e todos esperamos que o não engane outra vez ou se não deixe iludir pelo que encontrar nessa regressão.
ResponderEliminarEsqueceu-se o Dr. Portas que não há colmeia só com a rainha, que os favos são o resultado não da soma que faz grupo hermético, mas da congregação coordenada de esforço colectivo. Em política, pelo menos na campesina, aprende-se olhando a natureza das coisas nas coisas naturais. Assim, quiçá seja mais proveitoso o retiro se a reflexão se fizer junto e no mundo realmente natural, através de umas viagens na nossa terra, para perceber o que deve alimentar a acção política e que fonte procuram os cidadãos deste país, perdidos de tanto artificialismo, com credo na boca para cumprir os desafios do quotidiano.
Como até hoje, desde que se colocou na liderança, ainda não respondeu nem deu qualquer sinal aos obreiros do CDS que também acolheram PP, certamente não por deliberada opção, esperamos que o não faça agora, pois o retiro deve ser cumprido a rigor, só com oração e leitura. Por isso, deixo aqui algumas considerações que desabafei, mas que nunca mereceram um segundo do tempo que o Dr. Paulo Portas jamais dispôs a muitos de nós, militantes e filiados.
26-04-2007 Como sempre disse e reitero, estou no partido porque acredito nos valores, princípios e ideário democrata-cristão. Estou no partido para trabalhar e para o ajudar a ser maior. Estou no partido para servir os Portugueses onde tenha alcance a minha acção. Também no partido estou e permanecerei, com convicções, com posição sobre tudo que à vida do mesmo diga respeito, mas sempre leal ao Presidente do Partido, seja ontem, hoje, amanhã ou depois; seja A, B ou C. Sé é presidente, é-o estatutariamente e por maioria da família que gostava de ver unida em torno de um objectivo comum, traduzido em quatro verbos: trabalhar, unir, servir e crescer.
Os sinais políticos do desgaste da bipolarização partidária que dominou 33 anos (a idade de Cristo aquando da morte) do actual regime democrático são evidentes. O CDS-PP, se empreender, internamente e junto da sociedade portuguesa, tem um papel chave e a oportunidade de se afirmar junto do eleitorado. Temos de ser credíveis, competentes e capazes, abertos e determinados, irreverentes, mas com propostas alternativas credíveis e sustentáveis, coerentes no discurso e exemplares nos actos.
O PSD cai a cada dia que passa em descrédito, sendo cada vez mais semelhante ao indivíduo que barafusta e fala, mas, de tão desacreditado no que representa e no que diz, ninguém lhe presta atenção.
Assim, e dando continuidade ao que sempre fiz, neste hiato de instalação da nova direcção e na ausência de interlocutor directo para os autarcas, junto envio as intervenções realizadas na reunião de ontem na AM, para conhecimento do Presidente do Partido, Dr. Paulo Portas, e para colocação na área dos autarcas de Viana do Castelo, em http://www.cds.pt/website/detalhe1158.php .
15-06-2007 A nível da condução de um partido, como das organizações, defendo que se constrói com todos, acima de tudo com a estruturação e a disciplina da participação empenhada, com particular relevo nas freguesias. Todo e qualquer eleitor, simpatizante ou militante está na freguesia. É lá que concelhias, distritais e órgãos nacionais devem centrar os esforços de mobilização e de organização disciplinada, criando um corpo de membros empreendedores, com plano a curto e médio prazos, para consecução dos objectivos de implementação / reestruturação /revitalização do CDS-PP. Acredito que desta dinâmica se faz um líder e partido fortes. É nesta matriz que se afirma o partido além das lideranças e das direcções, ou seja, o partido é o detentor do capital político e do valor, tendo assim estabilidade e crescimento sustentado. Mas este tipo de partido reclama trabalho de todos; exige dedicação permanente e não presente oportunista.
Não me revejo, e nunca tive jeito para pegar, no andor. Não acredito no tipo de partido valorizado em torno de uma pessoa ou do minibus que a mesma lidera. Este poderá convir aos que não estão dispostos a, diariamente, darem um pouco de si pelo e para o partido; a trabalhar em cada freguesia para o fazer crescer em militantes, em ideologia e em penetrar no eleitorado. Este tipo de partido até pode momentaneamente destacar-se na paisagem política, mas é e continuará um partido perene e vulnerável à primeira ventania (escrevi isto há um mês, no dia 15-06-2007); não crescerá nem terá implementação estruturada e disciplina, a que costumo de apelidar de implantação impregnante. É o partido da subserviência e da vassalagem, o partido que minga a cada dia que passa, o partido que depende do líder e este das circunstâncias; não um partido de mérito nem de reconhecimento.
Por tudo isto, não há mais gente a olhar para e pelo partido, pois todos atentam no líder e este não pode velar por tudo o resto. Também é deste facto que já começam a surgir evidências do definhar, quiçá irreversível, do capital político do CDS-PP.
O CDS assiste a mais um período de reflexão do Dr. Paulo Portas, o que é bom, pois reflectir é fazer retroceder, desviando da direcção anterior; significa também espelhar(-se), representar(-se), retratar(-se). O espelho tudo reflecte, e todos esperamos que o não engane outra vez ou se não deixe iludir pelo que encontrar nessa regressão.
Esqueceu-se o Dr. Portas que não há colmeia só com a rainha, que os favos são o resultado não da soma que faz grupo hermético, mas da congregação coordenada de esforço colectivo. Em política, pelo menos na campesina, aprende-se olhando a natureza das coisas nas coisas naturais. Assim, quiçá seja mais proveitoso o retiro se a reflexão se fizer junto e no mundo realmente natural, através de umas viagens na nossa terra, para perceber o que deve alimentar a acção política e que fonte procuram os cidadãos deste país, perdidos de tanto artificialismo, com credo na boca para cumprir os desafios do quotidiano.
Como até hoje, desde que se colocou na liderança, ainda não respondeu nem deu qualquer sinal aos obreiros do CDS que também acolheram PP, certamente não por deliberada opção, esperamos que o não faça agora, pois o retiro deve ser cumprido a rigor, só com oração e leitura. Por isso, deixo aqui algumas considerações que desabafei, mas que nunca mereceram um segundo do tempo que o Dr. Paulo Portas jamais dispôs a muitos de nós, militantes e filiados.
26-04-2007 Como sempre disse e reitero, estou no partido porque acredito nos valores, princípios e ideário democrata-cristão. Estou no partido para trabalhar e para o ajudar a ser maior. Estou no partido para servir os Portugueses onde tenha alcance a minha acção. Também no partido estou e permanecerei, com convicções, com posição sobre tudo que à vida do mesmo diga respeito, mas sempre leal ao Presidente do Partido, seja ontem, hoje, amanhã ou depois; seja A, B ou C. Sé é presidente, é-o estatutariamente e por maioria da família que gostava de ver unida em torno de um objectivo comum, traduzido em quatro verbos: trabalhar, unir, servir e crescer.
Os sinais políticos do desgaste da bipolarização partidária que dominou 33 anos (a idade de Cristo aquando da morte) do actual regime democrático são evidentes. O CDS-PP, se empreender, internamente e junto da sociedade portuguesa, tem um papel chave e a oportunidade de se afirmar junto do eleitorado. Temos de ser credíveis, competentes e capazes, abertos e determinados, irreverentes, mas com propostas alternativas credíveis e sustentáveis, coerentes no discurso e exemplares nos actos.
O PSD cai a cada dia que passa em descrédito, sendo cada vez mais semelhante ao indivíduo que barafusta e fala, mas, de tão desacreditado no que representa e no que diz, ninguém lhe presta atenção.
Assim, e dando continuidade ao que sempre fiz, neste hiato de instalação da nova direcção e na ausência de interlocutor directo para os autarcas, junto envio as intervenções realizadas na reunião de ontem na AM, para conhecimento do Presidente do Partido, Dr. Paulo Portas, e para colocação na área dos autarcas de Viana do Castelo, em http://www.cds.pt/website/detalhe1158.php .
15-06-2007 A nível da condução de um partido, como das organizações, defendo que se constrói com todos, acima de tudo com a estruturação e a disciplina da participação empenhada, com particular relevo nas freguesias. Todo e qualquer eleitor, simpatizante ou militante está na freguesia. É lá que concelhias, distritais e órgãos nacionais devem centrar os esforços de mobilização e de organização disciplinada, criando um corpo de membros empreendedores, com plano a curto e médio prazos, para consecução dos objectivos de implementação / reestruturação /revitalização do CDS-PP. Acredito que desta dinâmica se faz um líder e partido fortes. É nesta matriz que se afirma o partido além das lideranças e das direcções, ou seja, o partido é o detentor do capital político e do valor, tendo assim estabilidade e crescimento sustentado. Mas este tipo de partido reclama trabalho de todos; exige dedicação permanente e não presente oportunista.
Não me revejo, e nunca tive jeito para pegar, no andor. Não acredito no tipo de partido valorizado em torno de uma pessoa ou do minibus que a mesma lidera. Este poderá convir aos que não estão dispostos a, diariamente, darem um pouco de si pelo e para o partido; a trabalhar em cada freguesia para o fazer crescer em militantes, em ideologia e em penetrar no eleitorado. Este tipo de partido até pode momentaneamente destacar-se na paisagem política, mas é e continuará um partido perene e vulnerável à primeira ventania (escrevi isto há um mês, no dia 15-06-2007); não crescerá nem terá implementação estruturada e disciplina, a que costumo de apelidar de implantação impregnante. É o partido da subserviência e da vassalagem, o partido que minga a cada dia que passa, o partido que depende do líder e este das circunstâncias; não um partido de mérito nem de reconhecimento.
Por tudo isto, não há mais gente a olhar para e pelo partido, pois todos atentam no líder e este não pode velar por tudo o resto. Também é deste facto que já começam a surgir evidências do definhar, quiçá irreversível, do capital político do CDS-PP.
Estas "coisas" nada mais mas significam que o real estado, moribundo, do nosso partido. Por isso, seria bom que, para ajudar à reflexão, todos dessem conhecimento do que era, do que foi e do que esperam venha urgentemente a ser a interacção dos dirigentes do partido com as pessoas.
Aristides Sousa
Tiens, tiens, afinal foi tudo um azar do camandro? Desculpe lá 'Ventanias', mas essa da falta de sorte parece-me míopia política aguda. Sabe em que vai acabar a reflecção? Em mais união com o Sócrates pois o Portas acha que será a única maneira de levar o PP às migalhas do poder. Ele não vai embora já, infelizmente, vai esperar mais dois anos a ver se vai a ministro. Com PP ou sem PP, para o qual ele se está nas tintas.
ResponderEliminarA campanha vista à lupa:
ResponderEliminar- Cartazes péssimos. Carros de som zero.
- Prometeram um partido com uma nova agenda, novos valores. Mas que nova agenda falaram até hoje? É tudo igual.
- 3,7% + "os nossos amigos da Madeira" = piores resultados de sempre do CDS = Regresso do PP.
- Sec. Geral do partido ausente na campanha de Lx. Estava supostamente em viagem de lua de mel. Realmente Lisboa não era importante.
- Teresa Caeiro, ontem, alguem a viu?
- Nobre Guedes ausente da campanha. Se soubesse o que sei hoje.....
- Quanto ao PP... nem sei nem quero saber... está tudo em segredo de justiça :-)
DEPOIS DAS ELEIÇÕES A CIDADE LISBOA DEVE RETIRAR OS CARTAZES MAS APELAVA AO SR. NOVO PRESIDENTE COSTA QUE NÃO MANDE RETIRAR JÁ OS DO BLOCO ESQUERDA QUE DIZIAM:
ResponderEliminar"O ZÉ FAZ FALTA".... é QUE NO CDS O ZÉ... RIBEIRO E CASTRO FAZ MUITA FALTA!
Não me parece muito boa a ideia de falta de sorte, a qual não justifica nada do descalabro sucedido.
ResponderEliminarNeste caso concreto, creio que não houve nenhuma objectividade nem arrojo na campanha para a eleição em questão. O candidato foi anunciado tarde demais, não apresentou nenhuma ideia concreta para Lisboa, não teve nenhuma capacidade de comunicação. Quem o rodeou também pouco parece ter ajudado.
Foi este o "mediatismo" que Portas prometeu para o partido?
Nada de bom se augura para o futuro. Em especial para o do país...
REFUNDAÇÃO?
ResponderEliminarEstava no início da leitura deste post e dei comigo a pensar nessa hipótese, como uma opção válida. Quando, mais à frente, vejo esta opção não posso deixar de estar de acordo. Não sou da "seita", mas, quando os profissionais se deixam cilindrar por uma "amadora" (Helena Roseta, que teve brilho, apesar de não ter a "rede" nem os "holofotes" partidários), é caso para meditação profunda.
Assim o PP não vai a lado nenhum.
Era altura de uma "REFUNDIÇÃO":
"Fundir os metais-nobres da seriedade e da motivação no cadinho da Democracia autêntica!"
Dar ênfase no CENTRO e catalizar sinergias a fim de a Nau poder navegar em águas mais cristalinas onde o ódio dê lugar ao confronto salutar de ideias, onde a crispação se reforme de vez e dê oportunidade ao plural debate, onde o derrotismo se volatilize e surja no horizonte uma Nova Esperança, consubstanciando os anseios de muitos portugueses e portuguesas que ainda não almejaram a plena Democracia.
Mas... sem jagunços, sem iluminados, sem donos da verdade!!!
Que assim seja!
Rouxinol de Bernardim
(militante da Democracia q.b.)
ò Douro, fico com a impressão que não terá lido o meu post com a atenção habitual... não é só do azar que eu falo!! (embora também fale desse azar...). A sorte, como diziam os romanos, favorece os audazes. O seu inverso também terá alguma coisa de verdade, ou não!?
ResponderEliminarQuanto ao "pedro", não assisti à campanha, porque vivo bem longe. Mas não creio que sejam "apenas" as campanhas que ganham eleições; a coisa tem de vir de trás, muito de trás. É disso que procuro falar no meu post
Duas notas:
ResponderEliminarPRIMEIRA: O problema de Paulo Portas não é a falta de sorte nem de audácia que a favoreça.
É falta de credibilidade. São as mil caras que, desde "O Independente" ela já assumiu, e para as quais já ninguém olha sem desprezo.
Pior: não há absolutamente nada que ele possa fazer para mudar. Toda a gente rebolará à gargalhada se ele for agora reflectir e aparecer com um discurso completamente novo, como se fosse virgem e sem passado.
Paulo Portas é um mero cadáver político que já começa a cheirar mal.
O seu futuro está irremediavelmente destinado a ser igual ao de Manuel Monteiro. Mais inteligente, talvez não chegue a fazer as figuras tristes deste último que, de tão miserável, chega a inspirar piedade.
A verdade é que Paulo Portas se esteve sempre a marimbar para o CDS e para quem quer fosse. Tinha um projecto pessoal de poder e, sem espaço no PSD, nem paciência para crescer e esperar dentro do PSD, decidiu levar a cabo esse projecto pessoal de poder no CDS. Erro monumental! No PSD, ele há muito que teria tido hipóteses de chegar a líder e aí, sim, com algumas hipóteses de colher mais do que os 1,38% de votos que CDS obteve ontem em Lisboa (considerando o universo dos eleitores).
SEGUNDA: O meu caríssimo blogueiro escreve:
"...o que o País precisa do CDS é que este se refunde em torno das suas principais motivações políticas..."
Lamento ter que ser eu a dizer-lhe isto, a si e aos seus amigos. Vocês estão um bocado embrenhados na vida do CDS e não conseguem ver as coisas com distanciamento. A verdade, a verdade inconstestável, é que o país não precisa do CDS para nada. O que o país precisa do CDS, tudo o que o país precisa do CDS é, talvez, que desapareça.
Meu caro funes, o memorioso
ResponderEliminarHá muito quem pense que não é só o CDS que deve desaparecer. Não vou discutir os méritos do seu argumento, parecem-me evidentes.
Por outro lado, não nego a proximidade. Fui eu que a escolhi, assumo-a. Mas sempre lhe acrescento: creio que o País precisava de um partido verdadeiramente independente do poder, que se fizesse ouvir no seio da discussão partidária. Acreditei que o CDS poderia ser esse partido. Infelizmente, não foi essa a estratégia de Paulo Portas, como também não foi essa a estratégia de outros líderes do partido.
Mas isso não me leva a desistir de tentar promover a mudança, profunda e séria, em Portugal. Nem, por isso mesmo, a deixar de tentar que o CDS seja essa voz de que o País necessita. Nomeadamente, procurando influenciar as direcções do partido, sejam elas protagonizadas por Paulo Portas ou por outrém.
Se este último se tornou "um mero cadáver político", sem "credibilidade", não me compete a mim julgar. Isso compete ao conjunto dos membros do partido. E depois aos eleitores. Até lá, porém, e na eventualidade de essa não ser a opinião da maioria, opto por me empenhar. Será inglório, mas é legítimo.
Cumprimentos
Caro Ventanias,
ResponderEliminarGostava, mesmo, muito que se assumisse.
Concretizar, ao invés de apenas dissertar (sem sentido pejorativo); seria importante.
Aliás, é muito importante que haja, de facto, união; o Povo português agradeceria, por certo, a todos ...
Cumprimentos
parece-me que o sr.ventanias anda um tudo nada longe da verdade...
ResponderEliminarKito
Meu caro ventanias, eu não penso que CDS deva desaparecer.
ResponderEliminarO problema não está no CDS. Está no sistema.
Se vir bem, a situação assemelha-se de algum modo à que Portugal viveu no final do séc. XIX e que acabou em 1908 da forma que acabou.
Durante cerca de vinte e cinco anos, O PS e o PSD funcionaram em rotativismo.
A diferença era que, no fim do séc. XIX, quando um governo estava esgotado, o rei demitia-o e nomeava outro que se fazia legitimar em eleições mais ou menos fraudulentas.
No fim do séc. XX, era sob o próprio governo esgotado que as eleições eram convocadas e que o governo as perdia em eleições honestas.
Seja como for, quando o rotativismo entrou em crise, com o surgimento de novas facções, partir das cisões internas de regeneradores e liberais, o regime nunca mais funcionou e a tentativa de restabelecer os velhos equilíbrios, de D. Carlos e João Franco, acabou num banho de sangue na Praça do Comércio.
As candidaturas de Carmona e de Helena Roseta são claramente cisões no PSD e do PS, os partidos do nosso rotativismo actual.
O regime está em crise. resta saber se teremos o nosso João Franco e se tudo vai acabar também num banho de sangue.
Se ler adequadamente as minhas palavras, verificará que não vejo, neste trajecto, qual seja o lugar do CDS, que não parece contar para nada.
Longe de mim, porém, a ideia de festejar o seu desaparecimento.
está-me a parecer que estou a ler o sinal-é melhor evitar passar pelo terreiro do paço....
ResponderEliminarAbsolutamente de acordo, caro funes, o memorioso.
ResponderEliminarPor isso mesmo é que, de há muito tempo já, venho pugnando para que o CDS assuma uma outra postura, que seja intérprete e autor da mudança do sistema político. À minha maneira, nos locais que me foram parecendo adequados. Nunca contra ninguém, sempre a favor da própria renovação do partido e da direita.
Não terei tido muito sucesso, reconheço. Mas sinto-me satisfeito por continuar a tentar.
Caro/a MP,
ResponderEliminarNão sei a que se refere, mas sempre lhe acrescento:
Decidi intervir em blogs, neste Nortadas e no Norteamos, porque entendi ser o melhor meio ao meu alcance. Decidi fazê-lo através de pseudónimo, por razões que considero éticas e que só a mim dizem respeito.
No entanto, nunca deixei de informar as direcções do CDS sobre quem sou e o que me move.
A mim isto basta-me. A si, creio, deviam-lhe ser suficientes as minhas opiniões.
Por outro lado, se há algum aspecto destas que gostaria de ver clarificado, terei o maior gosto em esclarecer. Por este meio.