terça-feira, maio 15, 2007

Lisboa e o CDS

Acabo de saber, pela televisão, que o candidato do PSD será Fernando Negrão.

Creio que isto abre uma janela de oportunidade extraordinária, ao CDS de Paulo Portas.

Se Paulo Portas conseguisse convencer Maria José Nogueira Pinto a aceitar candidatar-se à Camara Municipal de Lisboa, ainda que fosse como independente mas com o apoio do CDS, conseguiam-se duas coisas interessantíssimas, na minha opinião:

Por um lado, demonstrar que o regresso de Paulo Portas aconteceu ditado por uma vontade de acrescentar valor à direita e não contra qualquer tendência dentro do CDS (potencial).

Por outro lado, criar condições para se vencer o tabu de que o CDS não pode ter melhores resultados do que o PSD.

Ainda há esperança, pessoal. Portugal pode ser melhor.

11 comentários:

  1. Embora a intenção não seja má, ela é mais do que utópica.

    É que ou muito me engano ou Nogueira Pinto e Portas ainda travam uma guerra ou, às tantas, ainda não começaram a travá-la realmente.

    Depois, Nogueira Pinto nunca caíria no erro (agravado) em que caiu Portas: re-entrar tendo saído pelo seu pé.

    Portas não vai ter a coragem de se apresentar ele próprio. Achará demasiado cedo e perigoso. Por outro lado, poderá não querer Miguel AC para não ser acusado de não fazer qualquer ruptura com a direcção de JRC. A solução preferencial de Portas - descontando o cenário de não haver eleições - será apresentar alguém de ideologia democrata-cristã, mas suficientemente distante do aparelho.

    O ponto está em encontrar a pessoa e, mais do que isso, convencê-la, sendo que aí começam as minhas dúvidas..

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  2. Podera nao querer MAC??? PP nao esta em posicao de querer nada, de pedir nada depois da vergonha por si dirigida contra a anterior direcção de que MAC era VP.

    Paulo Portas devia tê-los (???) e avançar. Ficariamos a saber se vale mais ou menos votos que MJNP.

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  3. Se fosse esse o caso, ver quem vale mais votos, estilo corrida de bicicletas, já sabemos que ganhou PP, que concorreu (contra Santana Lopes) e teve mais votos que MJNP teve quando se candidatou.

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  4. Não percebo muito bem o porquê de se desejar MJNP.
    Aliás, até acho que politicamente, poderia ser uma má opção.Recordo que abandonou, tanto a Câmara como o partido.Deste comportamento apenas se poderá retirar, que não pretende nada, nem com um, nem com o outro.

    A questão poderá porém fazer algum sentido, quando tentamos imaginar um candidato (vencedor) do CDS.Perante esse cenário de falta de um candidato de referência, que seja ''competitivo'', posso começar a entender o porquê da escolha....

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  5. Já não é a primeira vez que vejo por aqui defender-se a candidatura de Paulo Portas à presidência da CML.

    Devo dizer que considero tal ideia um erro. Basicamente porque essa é uma lógica de pequeno partido, para quem qualquer palco é, mais do que útil, urgente para ganhar tempo de antena. O CDS já teve muitos impulsos deste tipo (no tempo de Manuel Monteiro, designadamente, mas também nos anos imediatamente seguir), estratégia que eu sempre critiquei. Como acho que o CDS já se pode dar ao luxo de prescindir desse tipo de jogada descartável e por isso estou convencido que - felizmente - Paulo Portas não será candidato à CML.

    Por outro lado, não deixa de ser curioso que tais reptos vi ser lançados por quem antes das eleições em que Ribeiro e Castro conseguiu ter cerca de 25% dos votos dos militantes criticava Portas por, justamente, fazer do CDS um partido de "um homem só". A isto a sabedoria popular chamaria "ser preso por ter cão e por não ter".

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  6. O essencial, numa eventual recandidatura de MJNP, quanto a mim, é a sua capacidade potencial de alcançar um excelente resultado.

    MJNP já mostrou ter interesse em voltar à CML. Também decidiu abandonar o CDS, pelo que não seria natural que voltasse ao partido. No entanto, nada a impede de se candidatar como independente, com o apoio do partido de que, pelo menos teoricamente, se sentirá mais próxima...

    Pelo lado do CDS de Paulo Portas, a oportunidade é óbvia, a não ser, porventura, para alguns dos excitadinhos do grupo parlamentar. É óbvia, porque seria um sinal evidente da propalada intenção de PP em reunificar o partido. É óbvia porque seria um sinal de reconhecimento ao trabalho desenvolvido por MJNP na CML e de apaziguamento relativamente às fases mais quentes do regresso de PP.

    É ainda óbvia, porque um partido de tendências tem de ser capaz de conviver com protagonistas que nem sempre estarão de acordo, mas que sabem conviver para além das suas divergências.

    É igualmente óbvia, porque ofereceria a MJNP uma reaproximação que não seria exactamente um regresso ao partido.

    Acresce que, segundo creio, uma candidatura independente apoiada pelo CDS poderia ir colher outros apoios fora do CDS que talvez a pudessem reforçar...

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  7. Caro "Ventanias",
    Absolutamente de acordo.
    Abraços.

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  8. E Paulo portas é homem para entregar o que quer que seja, sem receber nada em troca? E Maria José Nogueira Pinto consegue fazer "figura de sendeira" e aceitar a nomeação? E como Independente?
    Eu concordo, mas acho tudo isto Ficção. A nossa politica e os nosssos Politicos, não são tão maduros e responsáveis.

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  9. PP nunca convidaria MJNP pq sabe que lhe dava-lhe um palco tremendo. E acham que ela aceitaria??? Só quem não sabe nada disto.

    PP, dizia-se ontem, preparava-se para convidar Carmona Rodrigues e apoia-lo como independente.... enfim

    Por fim, PP tem que ter candidato própio e vai tê-lo, sabemos que é Domingo, não sabemos é quem é. Mas ao será eleito garantidamente.

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  10. Um passarinho disse-me que era o Nobre Guedes....
    Grilo Falante

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  11. Que grande nervosismo anda no Caldas! Já perceberam que esta será a 2ª derrota de PP. E ainda agora começou a festa. Pena que nao avance, para se enterrar de vez. Mas, pensando melhor, era capaz de se demitir e voltar daqui a 2 anos... como rei da oposição.

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