Quando posso vejo os "Gatos". O programa não é excelso mas tem alguns sketches de antologia...que o diga o Prof. Marcelo...! Usa um humor corrosivo, cáustico até, e tem sempre implícita e ínsita uma mordaz crítica dos costumes... e, muitas vezes, de pessoas. Diria que estão sempre na border line entre a crítica e a mais retinta falta de educação. Mas, mea culpa, beneficiaram sempre - na minha boa fé - de uma certa complacência: são humoristas. E sempre assim os vi e, já agora, verei. Nem mais, nem menos.
Só que eles querem ser mais... e isto, que já havia realizado, mas - wishful thinking - nunca "acreditado", hoje manifestou-se de uma forma, muito, muito infeliz.
Os "Gatos" possuem uma alta e uma lata - lata mesmo - consideração de si próprios. São gente culta. Porventura, mais que os outros. Com certeza leram o "Also sprach Zaratrusta", passaram os olhos por Bachelard, Deleuze e pelos ensaios de Sartre, tresleram Derrida se sabe-se lá mais o quê. Ouviram Mozart, Strauss - o Richard, como é evidente - Bartòk e até foram ao último concerto dirigido por Boulez. E, claro, esperaram por Godot, lendo Gorki e Tchekov e sabe-se lá mais o quê. No que fizeram muitíssimo bem. Como é evidente.
Mas, sublinhe-se, óh mérito dos méritos, com certeza descobriram tudo isto sozinhos, no 3.º andar esquerdo num bairro cinzento de um subúrbio de Lisboa. Por isso, acham que o Sr. Silva, da mercearia onde compravam os "chupas", é um personagem icónico, protótipo do português e, claro, um ser com um olímpico potencial cómico (para eles). O mesmo se aplicando ao marialva alentejano, um lavrador minhoto ou um tripeiro de gema. E o público acha graça...!
É evidente que esta suma sapiência felina que os informa, mudou-os. Chegaram, depois, à conclusão que, afinal, eram uns tipos espertos, que sabiam umas coisas que nem toda a gente sabe. Uns super homens.
Consequência: como é que a vulgaridade não havia de irritar, uns tipos tão bestiais?! Com um alto conceito si próprios?
Só assim é que se permitem criticar quem bem entendem. E o que bem entendem.
É evidente que esta suma sapiência felina que os informa, mudou-os. Chegaram, depois, à conclusão que, afinal, eram uns tipos espertos, que sabiam umas coisas que nem toda a gente sabe. Uns super homens.
Consequência: como é que a vulgaridade não havia de irritar, uns tipos tão bestiais?! Com um alto conceito si próprios?
Só assim é que se permitem criticar quem bem entendem. E o que bem entendem.
Ora, nem tudo é relativo...sobretudo quando estamos a dispor sobre o uso da liberdade dos outros. Dos seus conceitos, da sua cultura, dos seus valores mais íntimos.
Os mal cheirosos felinos usam e abusam de uma arrogância ofensiva. Que, repito, não é inocente. Não usam o escárnio por graça. Ridicularizam para dizerem mal, usando os seus pré-conceitos suburbanos, iluminados por uma cultura "prêt à porter", nada, mas mesmo nada sedimentada. A que acresce o facto de serem nitidamente de esquerda, laicos, republicanos e .... comunistas de formação.
Os mal cheirosos felinos usam e abusam de uma arrogância ofensiva. Que, repito, não é inocente. Não usam o escárnio por graça. Ridicularizam para dizerem mal, usando os seus pré-conceitos suburbanos, iluminados por uma cultura "prêt à porter", nada, mas mesmo nada sedimentada. A que acresce o facto de serem nitidamente de esquerda, laicos, republicanos e .... comunistas de formação.
É todo este caldo que faz com que se achem muito, mas mesmo muito bons. O que é muito mau.
Têm, pois, um profundo e incomensurável... mau gosto : o pior de tudo. O que faz com que as suas aparentes graçolas sejam mesquinhamente arrogantes.
No fundo, pretendem impor a sua visão, os seus conceitos a sua acultura, o seu relativismo superior de esquerda.
Têm, pois, um profundo e incomensurável... mau gosto : o pior de tudo. O que faz com que as suas aparentes graçolas sejam mesquinhamente arrogantes.
No fundo, pretendem impor a sua visão, os seus conceitos a sua acultura, o seu relativismo superior de esquerda.
Se por um lado são largamente provincianos na sua interpretação da sociedade, por outro lado, são mal educados. Inconvenientes.
A prova de tudo isto, foi a sua atitude deliberada, ostensiva, triste, parva (em latim: pequena)
em colocar neste dia 13 de Maio, música, imagens e sabe-se lá mais o quê, sobre Fátima, algo que para muitos é - sem qualquer divergência semântica - sagrado. Demonstrando uma desconsideração profunda sobre uma realidade que se lhes impõe, e que, diga-se, os deve irritar.
Dirão alguns: é o que eles querem. Digo eu: isto é o que eles são.
em colocar neste dia 13 de Maio, música, imagens e sabe-se lá mais o quê, sobre Fátima, algo que para muitos é - sem qualquer divergência semântica - sagrado. Demonstrando uma desconsideração profunda sobre uma realidade que se lhes impõe, e que, diga-se, os deve irritar.
Dirão alguns: é o que eles querem. Digo eu: isto é o que eles são.
Sao os porta voz do louçã, atraves do serviço publico de televisão. Uma vergonha! Quem nao concordar pode reclamar em:
ResponderEliminarhttp://www.rtp.pt/wportal/grupo/provedor_telespectador/contactos.php
Só não tenho a certeza que sejam comunistas ou se chegam sequer a ter alguma etiqueta (partidária, entenda-se), que - a existir - será, mais provavelmente, bloquista.
ResponderEliminarQuanto ao mais, concordo em geral com o post, muito embora entenda não merecerem tanto (ou tão longo) destaque.
Os 'gatos' estiveram ontem mal.
Mal, mais uma vez.
E isso só porque começa a ser demasiado evidente a entrada em campos que não são naturalmente os da comédia, as claras motivações para-cómicas e, last bus not the least, a total falta de piada.
Aí está o nó: se não há piada aí, o que há afinal?
Há dias alguém se queixava de eles atacarem os tripeiros e adeptos do FC Porto. Pois, são benfiquistas, bacocos, parolos, com os mesmos ares de superioridade e até impunidade que a instituição lhes sugere e o bronco do presidente lhes inspira.
ResponderEliminarMas como não vejo esses gajos nem nunca lhes achei piada, passo ao lado. Na sua cultura suburbano, como diz o post, tou-me a cagar pra eles.
Vocês enganam-se redondamente: estes "gatos fedorentos" são fruto das leis do mercado, pura e simplesmente!
ResponderEliminarAlgumas piadas não têm realmente nível, nem graça, nem talento (perdoem-me o subjectivismo, mas se não gosto, não posso dizer que gosto!...), mas, o marketing que lhes comanda a estratégia, diz isto:
"É este o humor que o "povo" gosta, vejam o ar imbecil daqueles
batedores de palmas quase apopléticos, mais parecendo estarem nalgum comício de Castro ou Samora (não o Rogério, claro...), isto é o que o "povo" mais adora, este "povo-pimba", este "povo-apita-o-combóio", precisa disto para se sentir feliz, se sentir eufórico, dar largas à sua pimboembriaguês...
Mas neste nível, eles têm razão. Certamente leram Maquiavel, pois sabem que os "fins justificam os meios". Este povo precisa de FFFFF's, muitos FFFFFFFFFF's:
Fados, Fátimas, Futebóis e... Fedorentos, muito Fedorentos!... "isto" é quase a "droga nacional" mais consumida pelo público jovem... Folgazão, Folião, Fantas...
Confundir isto com esquerda é piroso e pretende rebaixar a verdadeira esquerda!
Nota: peço desculpa mas o meu reino não é deste mundo, carago!... Garanto que a mim nunca me pagarão para fazer um anúncio tão fedorento como aquele da PT: que mau gosto!...
Três deles são de esquerda e benfiquistas, sendo que o Ricardo é comunista. O José Diogo Quintela é de direita e sportinguista.
ResponderEliminarQuer dizer que Portistas (todos) significam Não-Parolos; Urbanos(ou Rurais) e nunca suburbanos e com sentimentos de inferioridade (ou seja, o Oposto).
ResponderEliminarCom essa capacidade de generalização, devia dedicar-se às sinteses filosóficas.
Eu também não gosto muito dos Gatos Fedorentos, não sou de esquerda e não gosto das suas piadas políticamente correctas, assim como não gosto das suas ofensas ao Sagrado.
E cresci em meios Suburbanos.
Eu sou Benfiquista e confesso que não me estou cagando para os Portistas, isto porque a Pessoa à frente da suas simpatias clubísticas (incluindo outras tendencias pessoais muito mais importantes como a religião).
Portanto, posso ser mais amigo de um determinado "Portista", do que de um "Benfiquista", como aliás por vezes acontece.
Embora eventualmente estou-me a cagar para Blogs como o seu, baseados só em futebol e boa dose de maledicência e maniquismo doentio (nós os bons, eles os porcos e maus) fique certo que os outros, do SLB (e SCP) dizem o mesmo: "nós os bons e eles os "porcos" e maus". Só esta reflexão.
Não sou católico e , de qualquer modo, Fátima não é dogma para os católicos. Nenhum católico é obrigado a acreditar em Fátima nem a aceitar como bom o que lá se passa. Estou mesmo convencido que Bento XVI é o primeiro a não acreditar no fenómeno de Fátima, só não o afirmando expressamente, para não ofender a memória do Papa anterior.
ResponderEliminarPelo exposto, não me incomoda o episódio dos "Gato Fedorento", de ontem. Ou melhor, incomoda, mas por uma razão distinta. É que o episódio (e, em particular, a musiqueta final) não teve graça absolutamente nenhuma.
Levantei-me da cadeira quando aquilo começou.Percebi logo o que lá vinha, por isso não vi.Mas pelo que me dizem ,era escusado e não teve piada!
ResponderEliminarObjectivamente falando, aquilo que intuo de alguns dos últimos sketchs é que os 'gatos' deveriam retirar-se algum tempo.
ResponderEliminarO modelo televisivo actual nunca foi bom e, na minha opinião, já durou tempo demais.
Interpreto, aliás, as mais recentes e infelizes incursões como puras faltas de imaginação, tão típicas do declínio por que passou - de resto, sem nunca mais recuperar - uma outra personagem humorística da nossa aldeia.
Oxála, não passem pelo mesmo!?
Bravo Daniel. Os Gatos são de facto, de uma arrogância provinciana. A cultura prêt-a-porter que possuem e de que abusam, não deve servir para agressão.
ResponderEliminarPelos vistos, Fátima incomodou-os muito.
Ainda bem, digo Eu.
O relâmpago pôs o dedo na ferida. É exactamente como ele diz.
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