Está um belíssimo dia, com um mar verde e brilhante, com umas ondas perfeitas e pequenas junto à praia. Não dá para grande surf, mas já dá para umas dezenas de surfistas fazerem umas brincadeiras. Foi pelo menos isso que eu e a minha filha presenciamos hoje de manhã antes de nos deslocarmos para os nosso afazeres, eu para dar o litro, ela para uma aula de ténis e depois estudar.
Foi neste passeio matinal junto às praias da nossa Cidade (Porto), que vimos um bando de pombos, visivelmente felizes por desentorpecerem as asas.
E foi aí que me lembrei duma história engraçada, passada com pombos.
Vou contar:
Corriam os anos 50 do Século passado, e o meu Avô paterno era Presidente da Câmara da Lousã.
Na altura não havia empresas municipais, partidos a que prestar contas, e ninguém tinha que perder tempo em tribunais porque quem não fosse minimamente honesto não tinha lugar na Câmara.
A tarefa de dirigir o Município era substancialmente diferente, mais não fosse por ser uma Câmara de província.
Certo dia o meu Avô recebe o represente dos Columbófilos da Lousã. Queria dinheiro para qualquer coisa, comida para as aves, ou uma sede, sei lá...
A resposta do Presidente da Câmara foi negativa, não havia hipótese naquele momento de dar o que quer que seja, pois não havia verba nenhuma disponível.
O Exmo. Columbófilo ficou atarantado e pergunta ao meu Avô:
- Mas o SôDôtor não gosta de pombos?
- Gosto sim Senhor, principalmente com ervilhas.
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