Apesar de já começarmos a estar habituados à carreira criminosa a que se dedica a maioria dos nossos concidadãos – ele é peculatos, sequestros, maus tratos, corrupção, administrações danosas…- não deixo de lastimar a situação da Universidade Independente e dos seus alunos. Também lamento a saída da Drª Maria José Nogueira Pinto do CDS e penso sinceramente que vai fazer falta ao partido. Não lastimo, nem deixo de lastimar, a vitória de Salazar no concurso os grandes portugueses, mas preferia que tivesse ganho a Maria da Fonte se fizesse parte da lista... Gostei ontem do programa do António Barreto (parte de mim entrou em devaneio nostálgico-pictórico-pitoresco com algumas fotografias dos anos setenta) mas fiquei profundamente impressionada com os testemunhos de solidão das pessoas de idade que não têm quem olhe por elas depois de uma vida de trabalho. Pensa-se e fala-se muito pouco da terceira idade no nosso país. Fiquei muito espantada por se ter chegado à conclusão no relatório dos peritos que apreciaram as causas do acidente da linha do Tua que a derrocada já se tinha dado quando o comboio embateu nas pedras (então se o motorista tinha sido surpreendido com a obstrução da linha depois de uma curva não era suposto as pedras já terem caído!? quer dizer, não sei….). Rejubilei com a garantia dada pela nossa ministra da educação de que as dificuldades a matemática não são “um problema natural e genético nos portugueses”, e já me estou a preparar para a minha anunciada e provável reacção alérgica ao kiwi…
Este trabalho do António Barreto é muito importante!
ResponderEliminarHá gente quee já esqueceu a miséria que nos envergonhava a todos!
A terceira idade em Portugal, tem o tratamento dos que não têm voz!
É como a falta de infantários!
Este é o resultado perverso de um Estado dominado por clientelas e corporações!
O país deu um salto gigantesco em trinta anos, mas estamos a pagar bem caro o atraso daquelas fotografias, porque não se consegue numa geração educar uma população inteira, torná-la culta e mentalmente livre dessa sua condição ainda tão recente. Mas lá chegaremos...
ResponderEliminarAcerca daqueles que não têm voz, não me leve a mal, mas não me parece que as crianças possam ser equiparadas às pessoas de idade no nosso país. Só um exemplo: conheço um serviço de voluntariado onde trabalham cerca de cem pessoas, na sua maioria estudantes universitários, e dá-se-lhes à escolha trabalhar com crianças ou pessoas de idade. Só cinco deles escolheram trabalhar em lares. A chamada terceira idade é a faixa da população provavelmente mais desfavorecida e desprotegida no nosso país, e que aufere pensões de reforma miseráveis tendo em conta que muitos têm despesas de saúde e com remédios acrescidas. Quem fala deles?
Sim tem razão!Tive oportunidade de visitar alguns lares em países Europeus, há cerca de 10 anos, e já nessa altura tinham condições excelentes!
ResponderEliminarAqui não se consegue um lar digno desse nome por menos de 1 000,00E/mês! Sendo as pensões de 400,00E/mês!
E depois há uma evolução social irreversível que dramatiza o problema, e que é o desaparecimento da família tradicional, apoio essencial dos elementos mais frágeis!
Aqui em Portugal tudo agravado porque o trabalho das Misericórdias, após o PREC, foi desvalorizado e prejudicado, com a nacionalização de pequenos hospitais que serviam para manter velhos e doentes crónicos. Os chamados hospitais de rectaguarda.
Agora parece que o bom senso está a voltar e muitos dos equipamentos abandonados vão ser utilizados por serviços sociais de apoio á terceira idade!