terça-feira, novembro 28, 2006

O Governo e a responsabilidade das elites, em Portugal

Assisti ontem, incrédulo, à parte final da 2ª e à 3ª parte do Prós e Contras. Mais uma vez confirmei a minha impressão: este Governo não é como os outros, a que nos fomos habituando nas últimas décadas. Este Governo toma decisões. Anuncia objectivos, prepara as suas decisões, com tempo e sem pressas, e depois corporiza essas decisões em legislação, em contratos com instituições internacionais, etc.

Roma e Pavia não se fizeram num dia, bem sei, mas que pena que tenho de não ter sido um Governo de direita a actuar desta forma e a tomar decisões com esta seriedade à luz dos princípios que defendemos. Caímos no risco de começar a pensar que este Governo é de Direita...

Do que eu não gosto é destes brandos costumes que nos vão levando a nunca questionar, muito menos responsabilizar, as elites que se vão governando à custa de nós todos e que impávida e serenamente trouxeram o País ao buraco onde se encontra: 1600 cursos superiores, num país que apenas leva 35% da sua juventude até ao final do Liceu, seguramente não é um indício da seriedade das reitorias universitárias... nem tão pouco um indicador da qualidade do ensino superior privado! É, antes de mais nada, um grito de alerta para a falta de bom senso das nossas elites.

Por outro lado, não admira que as pessoas se disponham a fazer um dos incontáveis cursos de comunicação social, quando se sabe que quer a Fátima Campos Ferreira, quer o José Rodrigues dos Santos ganham, pelo menos, 25 mil euros por mês!!!!!!!!! (leu bem, são mesmo 25 mil dele)

Ah, para quando uma patuleia!!!

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