A "okupação", sim se eles são os "okupas" aquilo é uma "okupação" coisa que está visto não devem ter, é pela causa errada.
Quando Pedro Abrunhosa se algemou ao Coliseu a causa era boa. A venda à IURD daquela envergadura, mesmo que licita, era merecedora de todas as lutas.
Agora a tentativa da CMP se livrar de um custo, ou será Kusto, através da entrega a privados da gestão do Rivoli não merece outra posição que não seja o apoio. Percebo a questão que alguns apontam como merecedora de análise, como o meu amigo José Marcelo já aqui escreveu e que se baseia na dualidade entre entretenimento V cultura. Mas continuo a acreditar que tudo se pode contratualizar.
O que de facto não podemos de modo algum pactuar é com a subsdiação constante do funcionamento do Rivoli como se pode constatar do Relatório e Contas de 2005 (roubado ao Blasfémias):
Proveitos no valor global de 3.314.370 euros, dos quais:
Subsídios concedidos pela CMP - 2.794.502 (84,3%)
Receitas de bilheteira - 179.797 (5,4%)
Patrocínios e outros subsídios - 38.541 (1,2%)
Serviços secundários - 164.547 (5,0%)
Proveitos financeiros - 6.076 (0,2%)
Proveitos extraordinários - 130.907 (3,9%)
Custos no valor global de 3.659.134 euros, dos quais:
Custos de programação - 1.196.246 (32,7%)
Custos com pessoal - 1.114.854 (30,5%)
Outros custos operacionais - 763.481 (20,9%)
Amortizações - 367.099 (10,0%)
Encargos financeiros - 8.016 (0,2%)
Custos extraordinários - 209.438 (5,7%)
Quando o core business de um negócio apenas representar 5,4% do volume de receitas algo vai mal. Numa empresa representaria ou o fecho ou o despedimento dos seus gestores. Para que não feche entrega-se a quem tenha gestores que possam gerir.
Quanto à questão dos "okupas", eu também não gastava dinheiro com despesas correntes, tipo água ou electricidade. Pois se eles próprios se intitulam como okupantes.......
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