O fim do Independente, Indy como lhe chamavam os "intímos", tem em si várias consequências e outras tantas análises.
1 - obviamente é o fecho de um jornal e como tal serão mais alguns desempregados. O ano 2006 já tinha sido negativo com o encerramento do Comércio do Porto e da Capital, o que para o chamado pluralismo editorial é mais uma machadada. No entanto a vida económica que tanto desejamos tem destas coisas; sobrevive quem gera lucros, encerra quem não aguenta.
2 - não é tão óbvio que seja uma machadada nas ideias da direita. No seu início e mais ainda quando Portas passou a liderar o jornal, o independente era um "projecto politico". Não tem mal nenhum que os órgãos de comunicação social tomem posições politicas. O Independente, ainda que de certa forma não publicamente assumida, distanciava-se do centrão, esse perigoso e movediço espaço politico. Com a saída de Paulo Portas, e o corolário da sua aposta com a conquista do CDS, o Independente fica órfão pois era um jornal muito "identificado" com o seu director. E quando assim é as dificuldades de sobrevivência são enormes sejam na comunicação social, sejam nas empresas sejam nos partidos politicos. Pronto, acabou. Fará parte da história da comunicação social portuguesa, serão lembrados os seus acertos e desacertos, será um marco mas não mais do que isso representa o seu fim.
A direita existe? A direita tem "comunicação social" amiga? Velhas questões a que darei a minha visão em futuro post.
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