A luta dentro do CDS continua. E é uma luta desigual.
Com efeito, de um lado temos o presidente que insiste em não comentar publicamente questões internas. A discussão pública de questões internas desgasta o partido, corrói o seu crédito e prestígio, e dificulta a passagem de mensagens verdadeiramente políticas.
Do outro lado há quem entenda que, pelo contrário, a exposição mediática das questões internas é positiva: aparece-se nos jornais, na televisão e isso dá notoriedade (notoriedade, esse oxigénio indispensável à vida de alguns, essa droga viciante de adição irreversível...).
Mas a realidade é ainda mais cruel: prevendo que não vai haver resposta às provocações, sabendo que as afirmações vão ficar sem contraditório, são produzidas afirmações incorrectas e até falsas. Tudo para cumprir esse desígnio superior, esse objectivo supremo da vida, que é aparecer nos media, ser visto e comentado e até invejado (!) pelos outros (pelos nossos conhecidos e , principalmente, pelos nossos desconhecidos...).
A luta é desigual, e a desigualdade é ao nível dos valores.
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