O que me incomoda no que se tem escrito sobre o jantar entre o Presidente do CDS e o ex-presidente Manuel Monteiro é o facto de estar em causa tática, apenas tática.
Com franqueza não quero saber com quem janta o Presidente, a não ser que isso tenha a ver com as posições que o partido vai assumindo. Ora, não foi o caso. Em boa verdade, nem sei porque é que o jantar decorreu, nem sei se me interessa.O que sei é apenas o que transpareceu. E isso foi que o Dr. Monteiro quer debater a sua interessantissima ideia da união da direita democrática.
Para além do aspecto frentista que não me agrada, parece-me que, uma vez mais, o assunto não devia ser assunto. Do que eu gostaria era de ver pessoas com capacidade de influência e vontade de influenciar a debaterem as soluções de que o País precisa, numa visão de direita. Continuo profundamente convicto que no dia em que a direita tiver um chefe, dotado de um projecto de liderança claro e disruptor do sistema dominante, inspirado na crença nas capacidades individuais para resolver problemas colectivos, disposto a propor e defender mecanismos e instrumentos que facilitem a busca e execução desse tipo de soluções, nesse dia a direita começará a percorrer o trilho que a há-de conduzir ao poder. Nessa altura e munido desses instrumentos, esse chefe poderá congregar outras vontades na sua área política de actuação que se mostrem disponíveis para colaborar na execução desse projecto.
Até lá, tudo me parece apenas mais desta política de primeiras páginas que tanto mal tem feito ao país e ao partido em particular.
Meus senhores, não percam tempo com estratégias que não dependem de projectos. Para isso já basta o centrão de que fala o nosso Luís Moreira.
Abraços e continuação de boas férias.
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