Em resposta a um post meu, alguns comentadores habituais do nosso blogue contestam a minha tese de que é ridículo dizer que Israel está a dar uma resposta desproporcionada ao Hezbollah.
Se me dissessem que tipo de resposta Israel devia dar, talvez compreendesse o vosso ponto de vista, mas tenho quase a certeza do que diriam.
Claro que preferia que não houvesse guerra, pelo menos este tipo de guerra, ninguém pode ficar imune às imagens de destruição do sul do Líbano.
Mas qual é a alternativa?
Pode Israel assistir sem fazer nada a uma escalada do armamento nunca antes vista no sul do Líbano (lembro que já foram lançados mais de 2500 rocket´s), com o beneplácito do governo libanês, e o apoio explicito da Síria e Irão ?
Se disserem, sem demagogia e pré-conceitos que saídas tem Israel, talvez se possa discutir.
Se o politicamente correcto europeu, largar os lugares-comuns, os chavões e a propaganda, talvez se possa discutir.
Do que aqui se trata é que é muito fácil ficar sentado no sofá a dar bitaites sobre as instalações destruídas no sul do Libano, nunca nos pondo na pele dos que para sobreviver têm que passar semanas enterrados em bunker´s.
Do que aqui se trata é de ter dois pesos e duas medidas, falar de crimes e desproporção para um lado, e de compreensão para o outro.
Do que aqui se trata é da sobrevivência de um estado verdadeiramente democrático, que por mais que custe a muitos comentadores, é o único da região.
Sobre o assunto: A treta do costume (II) do Paulo Gorjão. E Aushwitz nunca mais do Pedro Correia.
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