Para que não se diga que criticar é fácil, aqui vai uma sugestão de alternativa.
Privatize-se com urgência a ANA, mas antes divida-se a ANA em tantas unidades (aninhas) quantos os aeroportos a explorar, incluindo OTAs, Alvercas, Bejas e outros – quanto a estes, se não resultarem da divisão da ANA abra-se a possibilidade da sua criação pelos privados; crie-se concorrência e imponha-se concorrência na gestão dos aeroportos.
Autorize-se a TAP a concorrer, no máximo, à privatização de uma das aninhas, caso a empresa entenda ser esse o seu interesse estratégico.
Liberalize-se o mercado aéreo de voos, maximizando as contrapartidas para mercados prioritários e vantajosos, como Angola, Brasil, etc, não esquecendo a Europa e os outros destinos ibéricos.
Crie-se uma TAP só para mercadorias, através da divisão da TAP ou da criação de uma nova, com recurso à iniciativa privada.
Divida-se a CP em duas, pelo menos, uma para passageiros outra para mercadorias (outra hipótese era dividi-la por regiões do país, no que respeita a passageiros, criando-se concorrência). Privatizem-se as duas – ou todas as que se criem –, sempre que haja interessados.
Promovam-se as ligações em auto-estrada à rede rodoviária ibérica, com prioridade sobre as outras.
Promovam-se ligações da rede ferroviária nacional às redes europeias, através da rede espanhola, em bitola compatível e alimentação eléctrica adequada. Aceleradamente e com prioridade sobre a construção de novos aeroportos.
Fixem-se metas anuais para execução destes objectivos.
Liguem-se os portos de mar à rede ferroviária, para transporte de mercadorias.
Naturalmente, esta sugestão não está apoiada em estudos. Mas também foi mais barata de apresentar.
Conclusão. Em tempos soube-se que o Sr. António Champalimaud utilizava um Peugeot deixando na garagem um Bentley. Parece que, no que respeita às ligações ferroviárias e aéreas (e à estratégia de transportes nacional), Portugal está a querer andar de Bentley para poder deixar o Peugeot na garagem. O Sr. António Champalimaud morreu rico.
Façam a Ota, se isso for bom para o País. Mas não nos tratem por Otários.
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