Aqui no Nortadas as opiniões em relação à regionalização são diversas. As que conheço vão desde os apoiantes ideologicamente convictos, os renitentes (eu), e os porque sim.
Os ideologicamente convictos – São os vencedores por estas bandas. Maioritariamente de famílias do Porto, são regionalistas por tradição.
Fartos de verem a região prejudicada, acreditam que a regionalização, seja ela qual for, trará as glórias de outros tempos. Não sabem com que protagonistas, não sabem com que modelo e nunca se empenharam para que todas as forças vivas da região apresentassem um projecto com pés e cabeça. Rejeitaram a inconcebível proposta de Guterres e agora vivem de debates, colóquios e conferências.
Os renitentes – Sabem que é muito difícil debater a regionalização na Invicta, normalmente são vistos como uma espécie de traidores, de gente que não percebe a essência da coisa.
Mesmo argumentando que o Norte e o Porto em particular, não tem gente com dimensão, visão, e que mereça confiança, a contra-argumentação é sempre de que eles aparecerão. Não sabem bem de onde, pois o que os partidos apresentam é bastante medíocre, tirando algumas excepções, muito poucas. Na chamada sociedade civil ninguém se quer envolver, tem a sua vida na Capital, e não se quer meter com gente que na maioria das vezes não deixaria entrar em casa.
Os porque sim – São regionalistas por uma questão de Fé. Misturam paixão clubista com lugares comuns anti-Lisboa. Acreditam que o Porto é igual a Barcelona ou Milão.
Sei que alguma coisa tem que mudar. Vivo no Porto e sinto o definhamento desta cidade e região.
Sei que estamos a construir um País cheio de contrastes prejudiciais para quem não vive na região de Lisboa/Vale do Tejo.
Sei que por aqui se tem discutido seriamente esta questão, mas não chega.
O facto é que não se fazem omeletes sem ovos, neste caso os ovos são pessoas credíveis.
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