Temo que esta minha opinião não seja muito querida no Nortadas, mas a verdade é que não tenho muito entusiasmo pela ideia do Portugaia. Aliás, uma das poucas razões que me leva a admitir que ela terá qualidades deve-se ao facto de ter sido (re)proposta por Paulo Rangel.
É certo que talvez eu não tenha sensibilidade para o tema, dado que sou um portuense adoptado, embora perfeitamente convertido, mas acho que a afirmação do Porto como cidade central e liderante de uma região galaico-portuguesa não se faz por via de um artifício agregador de engenharia sócio-jurídico-geográfica que, à primeira vista, só produz resultados para a estatística. Se bastasse esta mágica formal, acho que também se deveriam incorporar Matosinhos, Maia e, porque não, Vila do Conde, que é bem aprazível. Já Gondomar não me parece bem, com a devida vénia a DBM. Com certeza que estou a ver mal a coisa, mas não acredito que a existência de um concelho que vá de Nevogilde ao Olival nos traga algum milagre. São as pessoas e não os decretos que fazem avançar e crescer as sociedades. O Porto tem é de dar solução à sua crise de liderança e de estratégia e essa não vejo como é que se cura com Portugaia.
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