Do pouco que aqui escrevo (do qual sou justamente criticado pelos meus "blogmates") lembro-me ter referido num post de há uns meses que o Presidente pouco fazer e que apenas tem influência no que o país não vai ser (por via da dissolução). Nessa altura antevia uma campanha pouco interessante e sem novidades (acho que nisto acertei), mas não imaginava quanto esclarecedora seria sobre a esquerda.
Nesta campanha podemos ver o PCP através de Jerónimo a clamar contra privatizações (nomeadamente a das empresas que distribuem àgua) e contra os "perigos do neo liberalismo". Podemos observar Louçã a eleger como fundamentais (olhos nos olhos como ele diz) os temas da homosexualidade e aborto. Para Alegre só parecem existir questões de fundo como a Pátria, a Fraternidade e a Solidariedade. Por fim para Soares a grande questão é como irritar Cavaco e explorar ao máximo declarações de Cavaco que lhe possa tirar votos (ver como esta quastão simples do Sec. Estado para o Investimento Estrangeiro foi explorada como uma afirmação de ingerência sobre o governo).
Ora isto é muito esclarecedor sobre a esquerda que temos em Portugal. Temos assim uma esquerda tradicional marxista, uma esquerda "moderna" radical (com várias correntes) e uma esquerda moderada, que está no poder e que quer ter um Presidente eleito apenas porque sim.
Sem comentários:
Enviar um comentário