Chamam-lhe o pai da democracia. Não quer isso dizer que tenha sido bom ou mau pai. Essa análise é feita por cada um de nós, e no que me toca é péssima. Mário Soares foi uma personagem da história de Portugal da qual apenas admiro uma característica: a coragem de enfrentar lutas e o prazer que isso lhe dá. Ponto final. A partir daí nada mais lhe reconheço como positivo. E temos que o homem resolveu voltar a ser candidato a Presidente da República. Numa altura em que o recomendável era sossego, opiniões e distribuição de sorrisos. Mas resolveu vir para o terreno que tanto gosta e assim mostrar que é mesmo osso duro de roer.
A Sócrates deu um enorme jeito pois secou as veleidades de Manuel Alegre e de Freitas do Amaral. Mas os custos em caso de vitória serão enormes.
Ao PC idem aspas, que assim faz calmamente o papel que tem representado nos últimos anos. Avança o bailarino, que após uns elogiados passos de dança sairá de cena sem pisar ninguém.
O Bloco irá apresentar a sua "marionete" que representará a peça habitual com um série de lugares comuns. Na hora certa fecha o espectáculo e muda o circo para outras paragens.
A direita vê-se refém do homem do tabú. O providencial Cavaco Silva. Já imaginaram bem se o homem diz com aquele ar seco de quem nunca tem dúvidas e raras vezes se engana: "eu nunca disse que ia ser candidato. Sempre frisei que era professor e que isso me dava imenso prazer. Preocupo-me com o estado do país, mas devo dar lugar a que outros mais novos apareçam a bem da democracia e do rejuvenescimento da politica."
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