quarta-feira, setembro 21, 2005

O Debate sobre o Porto

É pena que a SICN não tenha feito com os candidatos à Camara do Porto como fez com os candidatos a Lisboa. Não sei se de quem é a culpa. Mas está feito.

O que se pôde ver ontem até nem foi mau de todo para a imagem da politica e da cidade. Houve ataques e picardias. Mas não passou as marcas.

É público e notório que Rui Rio não gosta do BE e de João Teixeira Lopes e por isso se irrita com facilidade perante as propostas naif que o bloquista faz bem como com as criticas, essas por vezes mais acutilantes. É a prova de que é fácil criticar e dificil fazer. De resto o BE faz aqui o que faz na politica nacional: bonitas laranjas sem qualquer sumo.

Rui Sá tem um posicionamento engraçado. Tanto ataca como defende Rui Rio. A isso não é estranho o facto de ter estado durante 4 anos na vereação. As suas propostas para a cidade já são há muito conhecidas, não mudaram nem mudarão como fez questão vincar. Acredito que virá a ser eleito. A dúvida que tenho, e que só no dia 9 ficará resolvida, é se virá a ter a preponderância que teve nos últimos 4 anos.

Francisco Assis tenta, desde o primeiro dia que entrou nesta guerra, passar uma e uma só mensagem: que Rui Rio não percebeu a importância de ser presidente da CM Porto. E para isso tem procurado mostrar a ambição que ele tem para a cidade(ele é quem o diz) e assim cometeu o maior dos pecados que os politicos costumam cometer: prometeu, promete e prometerá tudo e tudo mais o que for possível prometer. E foi isso que Rio demonstrou ontem. E assim arrumou com o candidato Socialista.

Rui Rio não tem uma imagem televisiva simpática. Alterna um sorriso "falso" com uma postura de ofendido. É certo que não apresentou ideias novas. Apenas defendeu o seu mandato e defendeu-se dos ataques que lhe moveram. Não havia tempo para mais. Ficamos sem saber o que pretende fazer em áreas como a cultura. Ficará de novo na gaveta?

Uma última nota crítica para a SIC: lançar o tema Paulo Morais e a corrupção e dar 3 minutos para debate é feio. Ficou a promessa de um dia sabermos o que ia naqueles papeis que Rio abanou e que dizia serem projectos socialistas que ele travou. Mas todos temos o direito de sabermos o que lá consta, seja em momento eleitoral ou fora dele. É que podem ser caso de policia.

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