quinta-feira, setembro 22, 2005
FELGUEIRADAS
A vontade que tenho é de nem sequer dizer nada acerca dos regressos de Fátima Felgueiras a Portugal, à liberdade e à política. O que gostava mesmo é de esquecer este triste episódio que nos amargura a todos. Estou plenamente de acordo com o que escreve hoje no Público o José Manuel Fernandes, que ilustra cristalinamente o que deve ser o sentimento da esmagadora maioria dos portugueses, espero eu. Toda a história de ontem é triste. A forma como tudo se passou, completamente anormal face ao que costuma ser o funcionamento das instituições e entidades em causa, nem sequer teve o cuidado de iludir as aparências, o que mostra o respeito que o PS tem por nós. Nem se preocuparam em fingir, no mesmo dia em que um irritado José Sócrates gritava, a propósito de Oliveira Martins, que das pessoas sérias não se suspeita. Pois eu, a partir de agora, suspeito de todos, do Governo, do PS e de todos os seus representantes. Tudo indica a existência de um conluio chocante entre Fátima Felgueiras, o PS (veja-se a candura das declarações de Jorge Coelho), o Governo e, com grande pena minha, a Justiça. Os factos são eloquentes e demonstram que em Portugal, se se for do PS, o crime compensa. Tenho vergonha.
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