Não resido, nem faço tenções disso, na Av. Marechal Gomes da Costa, no Porto, mas considero-a uma das ruas habitacionais mais agradáveis da cidade, com um estilo e uma densidade muito próprias.
É, por isso, que acho verdadeiramente inacreditável o atentado urbanístico que ali está a ser levado a cabo por via da construção do que parece ser uma verdadeira torre de apartamentos (à escala da cércea dominante, sublinho). Estranho que não haja nenhuma reacção de cidadãos preocupados mas quero crer que isso não se deve ao facto de se tratar de uma zona "privilegiada".
A cidade ainda não tinha recuperado da verdadeira selvajaria urbanística que assaltou aquela zona (e outras) nos anos recentes, veja-se o triste espectáculo dos denominados Pinhais da Foz e áreas confinantes, e já começou o assalto à Gomes da Costa. Estes desatinos urbanísticos já nem são próprios de um país de terceiro mundo, mas simplesmente de um país de loucos. O mal não está nos arranha céus, mas das zonas e da (des)ordem com que se constroem.
Acreditava eu que a evolução das mentalidades e da sensibilidade inviabilizariam hoje qualquer ideia de cobrir de betão as zonas da cidade ainda livres e desafogadas. Enganei-me. Afinal, é possível acabar de estragar o que resta. É fartar vilanagem!
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