«Carmona Rodrigues, o candidato»
“Carmona Rodrigues é o meu candidato à Presidência da Câmara Municipal de Lisboa. Nele vou votar e por ele vou fazer campanha.
Faço-o pelas seguintes três razões: em primeiro lugar, porque acredito na sua competência, na sua verticalidade, nos seus princípios e nos seus projectos; em segundo lugar, porque creio ser ele a pessoa mais indicada para promover a conciliação entre as tradições e o futuro; em terceiro lugar, por motivos de natureza política.”
(...) “Não está em causa o que outros, noutras circunstâncias, fizeram. Eu não escolho Carmona Rodrigues contra eles, escolho-o a favor de uma Ideia de cidade com que me identifico e que desejo ver aplicada.”
(...) “Uma outra razão para votar em Carmona Rodrigues é a razão política. Não apresentando o meu Partido, a Nova Democracia, candidatura à Câmara de Lisboa, nem por isso a sua responsabilidade e empenho nestas eleições diminui. Que devem fazer pois os que advogam o novo conservadorismo, como corrente ideológica, os que defendem o liberalismo inserido na realidade, os que rejeitam as utopias do socialismo e os que não confundem realismo político com o mercantilismo dos que servem qualquer senhor, em qualquer partido e em qualquer Governo? Abster-se? De modo algum. A abstenção é aliada do conformismo e adversária do surgimento de novos valores e de nova gente.
Por isso, se preferirem, também por isso, o voto dos que querem construir uma alternativa ao socialismo e ao mercantilismo político não pode ser perdido em nenhuma eleição.
E esse voto, nestas eleições, é o voto em Carmona Rodrigues, o voto na certeza de que a sua independência e rigor serão a melhor garantia para a renovação do poder autárquico e, através dele, do poder político nacional. Conheço pessoalmente Carmona Rodrigues e não hesito em classificá-lo como uma pessoa de bem. Admito que ao longo do tempo em que exercerá o mandato de presidente de câmara possa cometer erros, mas espero que tenha a nobreza de os assumir falando sempre, de forma directa e leal, com o Povo que vai servir.”
Dois dias depois...
“Eu não estou à venda. Isto demonstra a podridão do sistema político-partidário em Portugal”– disse ontem Jorge Ferreira ao Correio da Manhã, o dirigente da Nova Democracia (PND) a quem Carmona Rodrigues ofereceu, alegadamente, um lugar na sua lista para a Assembleia Municipal de Lisboa e, posteriormente, um cargo numa empresa municipal.
Nas palavras de Jorge Ferreira, o que se passou demonstra que a “candidatura do Professor Carmona Rodrigues não é uma candidatura independente como ele diz, mas sim uma candidatura do PSD.
Na notícia do Expresso, o presidente do PND, Manuel Monteiro, refere ter constatado a existência de pressões do PSD para impedir a inclusão do dirigente do PND Jorge Ferreira na lista de Carmona Rodrigues para a Assembleia Municipal, tendo sido sugerido que este "fosse substituído por futuras presenças de uma pessoa da Nova Democracia em empresas municipais".
Segundo ainda fonte do PND, apesar da carta branca dada pelo líder do PSD, Marques Mendes, ao seu candidato à presidência da autarquia para elaborar as suas listas, o partido não aceitou o acordo e o candidato independente viu-se obrigado a recuar, oferecendo em troca um lugar à frente de uma das empresas municipais. Isto através de um contacto com Manuel Monteiro na passada quinta-feira, que na altura descreveu a situação como “um acto lamentável”.
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