Quando digo que podendo optar por produto português em detrimento de produtos estrangeiros o faço não é nem mentira nenhuma. O problema é que nem sempre é possível tomar esta decisão. Olhemos um pouco para o nosso dia a dia, e para as nossas necessidades mais imediatas: comer e vestir.
Alguém tem dúvidas que podemos facilmente optar por vestir marcas portuguesas, com excelente qualidade e design, sem que isso nos acarrete um custo superior? A lista de marcas é enorme. Algumas têm nome estrangeiro, sem que isso signifique que exportam ou sequer que pensam exportar. E porque será? Não será pelo nosso habitual “desprezo” pelo produto nacional?
Passemos então à alimentação, e comecemos pela manhã: pão e leite. Existe ou não a possibilidade de escolha? Existe claramente no pão da padaria embora já existam umas modernidades tipo “pão da cee”. E quanto a leite idem aspas aspas. Agros e Mimosa são leites nacionais. E se os hábitos forem mais a favor do sumo de laranja também têm a Compal. (ok, vão dizer que não sabem a quem é que compram as laranjas!)
Ao almoço, um caldo verde com a devida chouriça acredito que seja tudo produto nacional. Para manter o ritmo das calorias, um bom bife dos “produtores de Baltar”, acompanhado de um ovo da galinha do vizinho e umas batatas fritas e julgo que ainda não tropeçamos. A terminar uma laranja do Algarve ou de Cinfães do Douro.
Tudo isto seria fácil se não fossemos portugueses. Qual o problema então? É que se formos fazer as compras a um Hipermercado é certo e sabido que teremos dificuldades, se não mesmo ser impossível, em comprar fruta portuguesa ou carne ou até batatas. As necessidades e as condições de compra que os grandes retalhistas impoêm aliadas à tradicional dificuldade de organização e associativismo dos produtores levam a que não encontremos nas grandes superfícies os produtos que por cá se vão produzindo. A excepção é os leites, mas essa é outra história. De sucesso.
Mas que é possível é.
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