Por toda a blogosfera, e sobretudo pela imprensa e opinião publicada, têm-se tecido os mais vários comentários à eleição do novo Papa. Acusando-o do seu inaceitável integrismo.
Sobretudo, da panóplia de articulistas que se podem ler, ressalta uma casta pura. São os felizes filhos do laicismo militante. O orgulho póstumo das "luzes" de Voltaire, herdeiras, por direito próprio, de um jacobinismo que, volvidos mais de 200 anos, ainda vive.
Estes depositários do bem pensar hodierno são sempre vistos como gente à frente do seu tempo. A modernidade está-lhes no sangue e na alma, sempre. São bem pensantes, cultos e inteligentes mas acham-se ainda mais ao verem-se no seu espelho mágico. Lutadores incessantes e incansáveis na peleja centenária contra o cheiro a incenso da Santa Madre Igreja. E, assim, de atalaia, devotam-lhe uma atenção sempre renovada e firme.
E quando o Catolicismo mexe, levantam-se os guardiães da "moral e ética" laica. A sua luta, de secular, já cheira a bafio. Não resistem a largar todo o fel que têm nas entranhas e que lhes tolda o pensamento, e, deleitando-se onanicamente, vertem-no sobre os Padres, os Bispos e as Freiras. Apontam-lhes todos os defeitos. Renegam-nos "três" vezes. E, curiosamente, os alvos – quiçá com evangélica mordacidade - oferecem a outra face. Através do silêncio ou indiferença.
E isto viu-se agora, a propósito do Sumo Pontífice. De rotweiller aos mais variados epítetos, tudo se ouviu e leu. Das parangonas do The Telegraph aos nossos caseiros bloquistas e bloguistas e, até, alguns blasfemos entre outros.
Há porém uma espécie mais fina. São os que conhecem bem a Igreja, a sua vetustez, a sua sageza. Esses não vão em cantos de sereia nem concedem a amadorismos e arrufos de alma. Não!!! Ignoram, simplesmente. E não arriscam muitas opiniões porque sabem que se traem facilmente. Entre eles há um que muito admiro. É do meu partido e tudo. Na sua análise volatiliza-se, quase sempre, o amadurecimento profundo das ideias, a inteligência dos livros, da Memória e da Sabedoria. Por isso faz o que o adversário ensina : não se fala, não se ataca, espera-se…! O valor a quem o tem : o Abrupto!!!
Mas a maioria desta casta asséptica à sacristia, não resiste, fervilha de indignação e é vê-la toda contente a lançar "farpas". É deixá-los falar …!!!
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