Vasco Pulido Valente, tal como o comum dos mortais, tem ódios de estimação. Ou ideias fixas para sermos mais benevolentes. Paulo Portas e o CDS/PP é um deles. Na sua crónica de hoje no Público, procura explicar as razões que levaram à perda de votação do CDS, demonstrando ser anti natura o Portas com "sentido de estado" que tivemos nos últimos tempos. VPV só vê Portas e o CDS como partido do contra; "Quando no poder não passa de um apêndice do PSD".
É uma verdade que o CDS partido de oposição não foi o que se apresentou a votos. Claro que não, tinha acabado de fazer parte do governo.
É igualmente verdade que estar no governo, e neste em especial, não ajuda à imagem de ninguém. Muito menos quando esse partido é de centro/direita (eu por mim diria de direita sem qualquer complexo).
Mas está por provar que este CDS não tenha futuro. Na minha opinião tem. Mas tem que ser mais fracturante. Que não significa ser extremista. Ou populista.
Mas tem que ter a coragem de fazer um código de trabalho moderno. Tem que ter a coragem de fazer funcionar os mercados, acabando com os monopólios estatais ou semi-estatais e que são o gaudio do bloco central que tem governado portugal.
Tem que ter a coragem de questionar a evolução da europa e a perda de identidade nacional.
Tem que questionar sem medo a invasão da china.
Tem que defender o direito á vida, desde que ela exista até à velhice. Mas sem esmolas envergonhadas ou envergonhadoras.
Aí nunca será muleta do PSD. Será, quando muito, a perna boa que dará as passadas em direcção ao futuro. VPV não acredita nisso. Nem quer que seja verdade com Paulo Portas ao leme.
Mas eu acredito que foi esse CDS que foi votado nas eleições. Um novo CDS. Mais jovem. Mais irreverente. Menos conformado. Com potencial para crescer, desde que continue uma aposta coerente. Veremos se assim foi.
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