O tema interessa apenas a alguns, mas diz respeito a muitos. Estou a falar da venda da Lusomundo Media. Quando se levantaram as primeiras vozes a favor da saída da Lusomundo do universo PT, o presidente desta veio dizer que esse era um assunto que não se colocava. No mesmo sentido foi inicialmente o presidente do BES, principal accionista privado desse monstro sagrado. Mas tudo muda e estamos agora numa fase em que a PT colocou à venda a Lusomundo e foram 4, 6 ou 7 as propostas apresentadas. Mas fazia aqui algumas notas para enquadrar o negócio:
- a PT diz só vende em bloco
- a Cofina tem o Correio da Manhã. Ficava com 4 diários em 7 (o que causaria uma concentração desmesurada)
- a Sonae tem o Público. Ficava com 4 em 7 (idem em termos de concentração)
- a Media Capital e os espanhóis da Vocento dizem estar na corrida (Pais do Amaral em tempo idos disse que não queria mais jornais)
- O grupo de João Pereira Coutinho em parceria com a Recoletos idem (a Recoletos passa por uma fase de reorganização fruto de acertos de accionistas)
- à última da hora saltou o nome dos espanhois da Prisa
- Luis Delgado estaria à cabeça de um grupo de investidores (mas parece que já não está)
- A Impresa disse que só comprava avulso (o portfolio das revistas não lhe interessa. Só o JN e a TSF)
- a Alta Autoridade para a Comunicação Social tem parecer vinculativo
- a Autoridade para a Concorrência idem
O que me cheira é que, depois de baralhado e partido vai ficar tudo na mesma. Ou seja a Lusomundo fica nas mãos da PT e mantem o bloco central satisfeito. Não é tão impossivel assim. Basta que acabe o período eleitoral.
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