quinta-feira, setembro 23, 2004

Que grande música

Pedro Burmester dá hoje uma entrevista no Público(indisponível). Eu até gosto do Pedro Burmester como pessoa, como pianista então nem se fala, mas não posso deixar passar em claro tamanha desonestidade intelectual. Vamos por partes. O Pedro foi, PROGRAMADOR, ADMINISTRADOR, CONSULTOR, e ASSESSOR PARA A PROGRAMAÇÃO, mas diz coisas extraordinárias logo a seguir como, "O que este processo evidencia, desde há dois anos, é um desnorte e desconhecimento...".
Claro que os lugares que ele ocupou não tinham responsabilidade nenhuma, põe as culpas no Estado(???). Aliás logo a seguir diz a seguinte pérola (que poderia ser dita por Narciso Miranda) própria de um regionalista de trazer por casa , "Há razões naturais de um país extremamente centralizado, em que tudo o que se passa fora de Lisboa passa para segundo plano." Até quando esta desculpa esfarrapada ?
Mais adiante chama desajustados e ignorantes a Rui Amaral, Eng.Hélder Sampaio, Dr.Alves Monteiro, e finalmente, ainda antes de entrar em funções a Couto dos Santos. Portanto, vamos ver se nos entendemos, Pedro Burmester foi a única pessoa competente das várias administrações que por lá passaram, Pedro Burmester é o único que sabe para o que "aquilo" serve, enfim, Pedro Burmester é o maior. Esta entrevista dava para muito, mas não me vou alongar, pois o respeito que tenho por este grande pianista só é comparável com o respeito que ele não tem por nós, senão vejam. "parecia-me evidente que um edifício daqueles demoraria mais anos a fazer, e que iria custar mais." Espantoso não é.
Para acabar da seguinte forma "aquilo que custou é muito bom preço para a qualidade do edifício."
Sem palavras.

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