quinta-feira, agosto 12, 2004

Jogos Olímpicos: a Vela

Estamos na véspera da cerimónia de abertura de mais uns Jogos Olímpicos.
Nos últimos dias muito tem sido escrito e televisionado sobre os respectivos representantes de todas as Nações participantes.
O espírito olímpico tem sido adulterado, mas, pelo menos, a simbologia deste acontecimento ainda carrega alguma mística diferente de outros eventos desportivos.
Em relação aos nossos atletas olímpicos, e tirando os do futebol, todos os restantes não ganham milhões, bem pelo contrário, a realização dos seus projectos depara-se ao longo de 4 anos com grandes dificuldades, tanto ao nível financeiro como de infra-estruras, para alé de um notável esforço pessoal.
Sobre os resultados desportivos, eu, sinceramente, acho que só na Vela iremos discutir medalhas de ouro. Existem outras modalidades onde supostamente teremos hipóteses, mas eu acho que «o velho fado lusitano» vai voltar-se a repetir, tal como em outras ocasiões - ainda há um mês aconteceu no Euro 2004.
E é precisamente à cerca desta modalidade que eu vou escrever as próximas frases. Para além de praticante, apaixonado por este desporto, a Vela é também um símbolo que Portugal devia valorizar ainda mais. Nós, como país marítimo, povo de descobridores, estamos historicamente e sentimentalmente ligado ao mar e aos barcos.
Foi com grande esforço pessoal de cada um dos velejadores lusos que vão estar em Atenas, que vamos em quatro classes disputar medalhas: no Tornado, Cayolla/Barreto; no 470, Álvaro Marinho/Miguel Nunes; no Laser, o Gustavo Lima; e nas pranchas, o João Rodriges.
Em mais nenhum desporto temos tantos atletas a disputar medalhas como na Vela. Mas quando falo de disputar medalhas, falo em ganhá-las mesmo. Não falo no «velho fado lusitano» de andar anos e anos a tentar um objectivo e quando chegamos ao momento falhamos.
Por isso, durante estas olímpiadas irei fazer um post diário sobre os acontecimentos no campo de regatas.
Um grande abraço de boa sorte para todos eles e muito especialmente para o Diogo Cayolla, o Nuno Barreto e o Álvaro Marinho.





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