Fui um admirador de Freitas do Amaral. No calor da campanha presidencial e fruto da moda que aí nasceu, também eu tive um daqueles sobretudo verde. Exibia-o com gosto, até porque me ficava bem vaidades à parte, mas também porque era um sinal de afirmação da direita contra a esquerda. A luta foi acesa e os campos extremaram-se. Com o tempo a admiração, ou pelo menos a admiração seguidista, foi passando. Freitas acaba por abandonar o CDS e tenta colocar-se num patamar supra partidário. Está no seu inteiro direito. É livre de pensar, como todos nós ou pelo menos alguns, e de dizer o que sente, como todos nós e alguns nem por isso. Só que algo deve definitivamente estar errado, ou no percurso dele ou no meu. É que graças a Deus ainda não sou desejado pela esquerda mais radical. E o Prof. Freitas do Amaral é-o. E não foi essa esquerda que se aproximou dos meus ideias para a sociedade Portuguesa.
Faz pena. O Prof. Freitas do Amaral foi uma figura importante no consolidar da democracia Portuguesa. Liderou um partido que foi perseguido por aqueles que se diziam democratas. Aguentou tudo isso e vacila agora. Uma coisa lhe digo: agradar a gregos e depois aos troianos nunca foi possível. E o Prof. Freitas do Amaral devia-o saber, mesmo que as suas ideias tenham mudado assim tanto.
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