Caro Diogo
Reconheço ter uma antipatia natural com os espanhóis (as espanholas ficam fora de análise por momentos). Esta antipatia é alimentada por ter trabalhado directamente com eles e por ter percebido qual a leitura que estes fazem de Portugal e dos Portugueses. Admito até que se possa dividir os espanhóis entre os de Madrid e os bons.
Teremos certamente exemplos de relacionamentos saudáveis entre os dois países. Mas infelizmente por príncipio as coisas não são assim.
Eles olham-nos como um pequeno país, sem qualidades, composto por gente inculta e sem capacidade de trabalho. Eles por outro lado são grandes, cheios de qualidade, cultissímos e cheios de razão.
Quando eu escrevo contra mais uma venda a espanhóis, faço-o até contra a minha veia liberal, pela qual defendo uma economia aberta, sem proteccionismos. Só que a experiência alerta-me.
Estou mesmo a ver o quadro futuro em Vilamoura. Quando for necessário fazer obras, chegarão materiais e gentes espanholas (olha para os exemplos do corte inglês e para as pequenas obras que o comércio do porto fez). Quando chegar a hora verás que os chefes dessa "cidade" falarão castelhano e os restantes português ( olha uma vez mais para o Corte Inglês).
E assim aos poucos....
Prova-me que estou enganado. Diz-me se quando as compras são feitas por ingleses ou franceses se, na maioria das situações, as empresas mantêm ou não a sua estrutura pessoal de dirigentes? E quando são feitas por espanhóis?
Ainda bem que o Nuno Gomes estava com o pé quente......
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