O meu post estou baralhado (II) mereceu um comentário por parte de "freedom of speech" que se baseava na ideia da existência de lamentáveis insultos por parte de dois partidos (CDS e PS) e de esta campanha eleitoral apenas ter servido para denegrir a imagem dos políticos e não para informar sobre aquilo que se passa em Bruxelas.
Vamos por partes. Não é comparável uma afirmação feita por um político com vinte e tal anos que num comício se entusiamou com uma descrição que fez e depois veio pedir desculpas com afirmações injuriosas e falsas em relação a um dos partidos centrais do nosso sistema demcrático. É falso que se diga que o meu partido é de extrema direita, seja racista ou xenófobo. Para mim isso são insultos insuportáveis. Acho que perante tamanhos disparates a indignação é um direito que me assiste.
Quanto à informação tendencialmente concordo consigo meu caro "freedom of speech". No entanto, é preciso ter em atenção que devido à fraca participação nas campanhas eleitorais as pessoas acabam por apenas saber aquilo que é passado pela comunicação social - as referências mais picantes esquecendo as que são informativas.
De facto não comprendo como não se fala da ultima revisão da nossa Constituição em que por votos do PSD, PS e CDS (os tais anti Europa - outro disparate) se modificaram os artigos 7º e 8º possibilitando a vinculação nacional a um tratado constitucional.
Mas ainda sobre a informação posso mesmo dar nota que a coligação "Força Portugal" - é, naturalmente o caso que conheço melhor - tem feito umas tertúlias na sua sede do Porto todos os fins de tarde. Os temas têm sido os mais diversos desde a sociedade do conhecimento, à cultura, passando pela política agrícola e de pescas ou pelo espaço de justiça e liberdade. Têm aparecido anúncios pagos nos jornais e o resultado tem sido de participação quase nula da comunicação social e quanto ao público temos andado pelas dez pessoas.
Em jeito de conclusão apenas lhe quero dizer que de facto há muito a mudar em toda a sociedade portuguesa, nos políticos possivelmente, mas atenção não nos podemos ficar por aí.
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